A
Atalaia, bairro turístico, onde fica a Orla, onde estão os principais
hotéis da cidade, essa mesma Atalaia, é, todavia, um bairro que acumula
graves problemas. Há um precário sistema de esgotos sanitários que
espalha fedentina, uma igualmente precária rede de esgotos pluviais,
ruas sem pavimentação, estes dois últimos itens de carências agora
merecendo atenção da Prefeitura, que constrói novas galerias e faz o
asfaltamento. A Atalaia carece também de áreas arborizadas, todo o
populoso bairro tem apenas duas praças. A arborização intensa da Orla
além de compor o visual do belo recanto de lazer, também amenizaria, em
todo o bairro, a ausência do verde. Há, sem dúvidas, muito a fazer para
que a Atalaia continue sendo um local atrativo para os turistas, e que
exiba uma qualidade de vida melhor. Há uma providência urgente que
poderá ser encampada pelos vereadores que agora discutem o Plano
Diretor. Essa providência seria salvar a Atalaia da ameaça agora
concreta, sem trocadilhos, dos edifícios que sobem sem limites de
gabarito. Como está tudo liberado, os edifícios altos se multiplicam,
isso, onde não há redes de esgotos sanitários ou pluviais, além dos
irremovíveis problemas da mobilidade urbana. A Atalaia, se os vereadores
não despertarem para a bomba relógio que está sendo instalada para
explodir em médio prazo, se transformará mesmo num inferno
verticalizado, seguindo os tenebrosos exemplos de cidades praianas como
Balneário Camboriú, em Santa Catarina, Santos, São Vicente em São Paulo,
e bairros deploravelmente degradados, como Boa Viagem e Piedade no
Recife, Copacabana no Rio, onde a verticalização excessiva gerou o
caos urbano.
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