quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

MACUMBA SOBRE O MANGUE


Parece até que foi macumba. Tanto falaram contra o mangue da Treze de Julho, tanto prometeram eliminá-lo, e agora, estranhamente, parte do manguezal está morrendo. Há quem diga que foi macumba, um ¨trabalho ¨ bem preparado para fazer desaparecer a vistosa floresta semi-aquática que a tantos parece incomodar. Mas, tranquilizemo-nos todos, ou, pelo menos, os defensores do mangue. O ambientalista e Secretário do Meio Ambiente Genival Nunes esclarece o que de fato está acontecendo. Ele admite que uma parte do manguezal está mesmo morrendo, mas as causas são naturais, não há indicio de artes maléficas da magia negra. O que ocorre, informa Genival, é um processo de acúmulo de sedimentos, causado tanto pelo despejo de esgotos, como pelo assoreamento do Poxim. Os sedimentos acumulam-se sobre as raízes aéreas das árvores, e elas, sem contato com o ar e a água provocam o enfraquecimento do manguezal. As árvores se desfolham, secam e morrem. Mas o mangue se renova. Brevemente outras árvores estarão substituindo as que morreram, explica Genival. As maiores, adultas, produzem sementes sob a forma de cápsulas longitudinais, perfil aerodinâmico, ponta fina, cerca de 10 a 15 centímetros de comprimento. São denominadas propágulos. Eles caem, enterram-se na lama ou no sedimento arenoso e logo brotam, surgindo as pequenas árvores que vão crescer e garantir a sobrevivência do manguezal.
Como se vê, a força da natureza é bem mais forte do que a má vontade que alguns têm contra ela.
 

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