APARECIDA GAMA NO TRE

Ninguém, como a desembargadora Aparecida Gama, terá em Sergipe uma história de vida que possa servir de motivo para repulsa a todas as ações que degradam a política partidária.  Integrante de uma família de honrados sertanejos que ousaram ser políticos em tempos de intolerância, ela foi uma das vítimas da política em estado exacerbado de degradação, tudo aquilo que gera a violência, a fraude, o desrespeito à lei. Aparecida foi graduar-se em Direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro, porque aqui a vida para ela ficou extremamente difícil. Tornou-se juíza, e, certamente, um dos seus sonhos seria contribuir para que se fizessem civilizados os costumes políticos em Sergipe. Vai ocupar, a partir desta segunda-feira, a presidência do Tribunal Regional Eleitoral. Os tempos são outros, evoluímos, nos educamos, estamos nos civilizando dia a dia. A política deixou de ser uma arena para carnificinas, literalmente. Com Aparecida Gama na presidência e a inflexível desembargadora Marilza Maynard na Vice- presidência, com esse duo afinado e forte de mulheres, que substitui outra desembargadora, Suzana Oliveira, a justiça eleitoral continuará mantendo as ações de independência e imparcialidade que a caracterizam no decorrer dos últimos anos.