O diretor-presidente da DESO, Bosco Mendonça, acossado por reclamações cada vez mais frequentes de aracajuanos indignados com a fedentina que se espalha pela cidade, tem esclarecido que a DESO não pode fazer nada, porque a calamidade resulta do despejo de esgotos na rede de águas pluviais, e assim, o problema é inquestionavelmente municipal, ou seja, da Prefeitura de Aracaju, então, a ser tratado pelo prefeito Edvaldo Nogueira. Bosco não age com o intuito de atribuir culpas, ou, muito menos, expor alguém como culpado, até porque, se culpados existem por esse crime cometido contra o meio ambiente contra a cidade, eles devem ser identificados em vários setores. Há construtoras, há proprietários de imóveis, há tanta gente, inclusive quem deveria fiscalizar que ao longo do tempo foi permitindo que o problema se avolumasse, e hoje assumisse as proporções de uma calamidade urbana.
A solução absolutamente não é fácil. Explica um técnico que usar como aqui lembramos um líquido colorido para localizar os pontos clandestinos de despejo é impossível, isto porque a conexão é feita por baixo da terra, ligando o esgoto à rede pluvial, mas, seria talvez uma tentativa válida, se aplicada aos canais que cortam a cidade e onde os canos que jogam a sujeira ficam perfeitamente visíveis. No caso da Treze de Julho, há quem garanta que toda a podridão despejada no rio Poxim, que toda a pestilência espalhada no ar resulta mesmo das ligações clandestinas, grande parte delas originárias daqueles edifícios considerados de alto luxo, Fica difícil acreditar que isso seja verdade, até porque, se assim fosse, os próprios moradores teriam armado contra eles mesmos uma bomba de tempo que, aliás, já explodiu nos seus narizes. Apesar do tamanho do desafio não se pode permitir que o monstro permaneça intocado.
Por isso alguém terá de fazer alguma coisa. O problema não se resume à fedentina, há o que é bem pior, a poluição dos rios, dos canais, do mar, há o grave problema sanitário, enfim, um conjunto de malefícios gerados pelo absurdo que é o despejo desordenado de esgotos sem tratamento em todas as áreas da cidade, desde os redutos luxuosos, todavia fedorentos, onde habitam os ricos, até os cafundós esquecidos onde se aglomeram os pobres. Um canal como o Tramandaí, que despeja suas águas pestilentas na junção dos rios Poxim e Sergipe, na área mais valorizada da cidade, tem suas ramificações que se estendem como tentáculos receptores de porcarias por todo o perímetro urbano. Nos bairros pobres as crianças se enfiam naquelas lamas malcheirosas, e ali contraem uma infinidade de doenças, Já nas águas altamente poluídas do Poxim, bem em frente à linha de belos edifícios, há um enorme esgoto a céu aberto escondido pelo vistoso manguezal, vegetação que a natureza ali providencialmente colocou, e que disfarça muito bem a calamidade ambiental. E naquela cloaca dezenas de pescadores todos os dias estão a lançar as suas redes. Alguém está a comer daqueles peixes
O prefeito Edvaldo Nogueira bem que poderia tomar para si o difícil e complicado enfrentamento. Certamente não começaria quebrando calçadas e asfalto para localizar as ligações clandestinas. Seria preciso muito mais. Inicialmente uma campanha de conscientização, espécie de alerta dirigido aos aracajuanos que torcem pela qualidade de vida da sua cidade, deixando bem claro a responsabilidade que todos devemos ter diante de um problema que não será vencido sem a participação da sociedade. Deve ser solicitada a participação do Ministério Público, que nesta questão específica tem passado lamentavelmente ao largo. É fundamental unir forças, pedir a participação do estado, de órgãos federais, de toda a sociedade organizada, enfim, é imprescindível um trabalho conjunto, um mutirão salvador, para, literalmente, tirar Aracaju da merda.
A solução absolutamente não é fácil. Explica um técnico que usar como aqui lembramos um líquido colorido para localizar os pontos clandestinos de despejo é impossível, isto porque a conexão é feita por baixo da terra, ligando o esgoto à rede pluvial, mas, seria talvez uma tentativa válida, se aplicada aos canais que cortam a cidade e onde os canos que jogam a sujeira ficam perfeitamente visíveis. No caso da Treze de Julho, há quem garanta que toda a podridão despejada no rio Poxim, que toda a pestilência espalhada no ar resulta mesmo das ligações clandestinas, grande parte delas originárias daqueles edifícios considerados de alto luxo, Fica difícil acreditar que isso seja verdade, até porque, se assim fosse, os próprios moradores teriam armado contra eles mesmos uma bomba de tempo que, aliás, já explodiu nos seus narizes. Apesar do tamanho do desafio não se pode permitir que o monstro permaneça intocado.
Por isso alguém terá de fazer alguma coisa. O problema não se resume à fedentina, há o que é bem pior, a poluição dos rios, dos canais, do mar, há o grave problema sanitário, enfim, um conjunto de malefícios gerados pelo absurdo que é o despejo desordenado de esgotos sem tratamento em todas as áreas da cidade, desde os redutos luxuosos, todavia fedorentos, onde habitam os ricos, até os cafundós esquecidos onde se aglomeram os pobres. Um canal como o Tramandaí, que despeja suas águas pestilentas na junção dos rios Poxim e Sergipe, na área mais valorizada da cidade, tem suas ramificações que se estendem como tentáculos receptores de porcarias por todo o perímetro urbano. Nos bairros pobres as crianças se enfiam naquelas lamas malcheirosas, e ali contraem uma infinidade de doenças, Já nas águas altamente poluídas do Poxim, bem em frente à linha de belos edifícios, há um enorme esgoto a céu aberto escondido pelo vistoso manguezal, vegetação que a natureza ali providencialmente colocou, e que disfarça muito bem a calamidade ambiental. E naquela cloaca dezenas de pescadores todos os dias estão a lançar as suas redes. Alguém está a comer daqueles peixes
O prefeito Edvaldo Nogueira bem que poderia tomar para si o difícil e complicado enfrentamento. Certamente não começaria quebrando calçadas e asfalto para localizar as ligações clandestinas. Seria preciso muito mais. Inicialmente uma campanha de conscientização, espécie de alerta dirigido aos aracajuanos que torcem pela qualidade de vida da sua cidade, deixando bem claro a responsabilidade que todos devemos ter diante de um problema que não será vencido sem a participação da sociedade. Deve ser solicitada a participação do Ministério Público, que nesta questão específica tem passado lamentavelmente ao largo. É fundamental unir forças, pedir a participação do estado, de órgãos federais, de toda a sociedade organizada, enfim, é imprescindível um trabalho conjunto, um mutirão salvador, para, literalmente, tirar Aracaju da merda.
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