domingo, 7 de agosto de 2011

DE MACEIÓ A WASHINGTON


Um dia quando o hoje senador Fernando Collor era governador de Alagoas surgiu a notícia de que as dívidas tributárias dos usineiros seriam perdoadas e que a partir Dalí usinas não recolheriam mais os tributos estaduais. A informação era verídica, e a oposição a Collor não reagiu. Somente alguns frágeis setores da esquerda ousaram denunciar o acordo, e denunciaram que o objetivo real seria formar um polpudo Caixa-2, para garantir pelo menos o decolar da candidatura de Collor a Presidente. Paulo Cezar Farias já estaria operando de forma desenvolta.
Mas o acordo Estado- Usineiros era justificado como forma de capitalizar as usinas que andavam enfrentando dificuldades em face dos preços do açúcar, do encarecimento da produção. Co mais dinheiro no cofre os usineiros iriam revitalizar suas usinas. Transformá-las em eficientes centrais sucro-alcooleiras, ou poderiam vir a investir em outros setores e toda a economia alagoana ganharia com o fortalecimento da sua principal atividade produtiva e mais novas empresas que surgiriam, multiplicando empregos num estado onde a monocultura despovoou o interior fez inchar a capital e ampliar a extrema pobreza. Argumentos bonitos, mas os usineiros foram mesmo investir em Miami, em sensacionais apartamentos, mansões terrenos iates, jatinhos. E Alagoas mergulhou numa crise financeira que perdura até hoje . Apesar dos favores ficais usinas já fecharam, outras beiram a falência, seus proprietários, contudo, continuam ao sol de Miami.
Por esse tempo chegara à presidência dos Estados Unidos, um republicano, herói de guerra, o George Bush pai. Ele elegeu-se com a força do slogan que nem pronunciava na TV. Dizia em voz alta: Read my lips ( leia meus lábios) e depois mudo apenas movendo os lábios: No more taxs. ( Não mais impostos ).Os eleitores passaram a repetir em voz alta: No more taxs, no more taxs e Bush foi eleito. Perdeu a reeleição porque fez o inverso, aumentou impostos. Duas vezes Bill Clinton depois, elegeu-se o Bush filho. Não era herói de guerra, ao contrário, escapou de ir para o Vietnam, mas, governando o Texas, tornou-se símbolo da linha dura de direita. Eleito no tapetão, fez o que o pai prometera e não cumprira, acabou impostos, mas, somente para os muito ricos. Com sua isenta quadrilha petroleira, foi mais longe ainda, espalhando o medo e justificando suas guerras. Torrou trilhões, reduziu os benefícios sociais, mas não cobrou um dólar dos mais ricos.
Agora os Estados Unidos faliu.
Washington e Maceió estão com o mesmo problema.
Na Casa Branca, onde Bill Clinton submeteu-se aquele famoso “blow-job” ( trabalho de sopro) feito por Monica Lewinski, baranga que deve ter “soprado” muito mal, e no Palácio dos Martírios que o governador Silvestre Péricles de Gois Monteiro no último dia do mandato mandou lambuzá-lo de merda para receber o inimigo sucessor Arnon de Melo, tanto Barack Obama como Teotonio Vilela Filho andam a fazer suas contas de chegar.
Quem diria!!!

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