J. Inácio, irmão malcriado do santo Padre Pedro, anarquizou convenções, e com o seu pincel que criava a demolia, ele até ousou colocar-se contemplativo e reverente, cavalete ao ombro, naquela cena ao mesmo tempo desoladora e esperançosa da Ultima Ceia. Agora, ele que se definiu para a filha Rutinha como
um neo-acadêmico, se vivo ainda, aos cem anos, estaria buscando novas definições, como se fosse possível classificar arte a partir de parâmetros convencionais. Os cem anos de Inácio foram lembrados pelo Conselho Estadual de Cultura. Por sugestão do sempre atento conselheiro Luiz Fernando Ribeiro Soutello, guardião das efemérides sergipanas,a presidente Ana Luiza Dortas Valadares organizou uma sessão solene, que já seria um grande marco para assinalar o centenário, não fosse, mais ainda a palestra da professora Ana Conceição Sobral de Carvalho. Ela ajudou a compreensão da obra e da vida inacianas. Muita gente compareceu, e lembrou mais ainda de Inácio assistindo a abertura da exposição dos seus quadros, feita com a ajuda dos filhos, Ruth, e Cãa, este último, herdeiro daquele dom das tintas e do pincel.
CENTEnÁRIO DE INACIO
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