A família de Guido Azevedo está, através de out-doors colocados na cidade, lembrando e homenageando um dos maiores homens públicos do seu tempo, que, no mês de maio findo completou um ano de morto. A família faz uma homenagem afetiva, coisa do coração, de filhas, de filhos, de esposa, de quem dele mais intensamente sente saudades. O poder público está a dever-lhe uma outra homenagem de reconhecimento, ao político, ao advogado, ao cidadão exemplar que ele foi. Dentro do seu estilo comedido e cordial, Guido transformou-se em Sergipe num baluarte forte da resistência democrática. Atravessou as piores situações. Advogado sem honorários de perseguidos políticos em plena vigência do Ato Institucional número 5, aquela excrescência aterradora. Protetor de quem saia das prisões, ou delas fugia, alguns fizeram isso usando o castigado fusquinha do jovem advogado, que sempre dizia ter medo, mas a coragem moral, isso ele não dizia, suplantava tudo. Foi político honrado, coerente e limpo, e deixou assim, os melhores exemplos. No tempo da feitura da nova Constituição, tornou-se uma espécie de Ulisses Guimarães a comandar o nosso poder constituinte. Se há políticos que se vão e a sociedade fica a dever-lhes grandes e bons serviços, Guido, inegavelmente, foi um deles.
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