quarta-feira, 20 de abril de 2011

AQUELA GENTE DE ASTERIX E OBELIX


Quando se fala em gauleses, logo nos vêm à memória as figuras de Asterix e Obelix, aqueles dois personagens d e uma das mais inteligentes revistas em quadrinhos já editadas, e os dois, são protagonistas tão centrais, que a própria revista leva o nome deles. Os celtas, povo mais antigo, que venceu mares, cruzou montanhas, dividiram-se em sub-grupos por toda a Europa por onde andaram, desde as Ilhas britânicas, a península ibérica, até a Anatólia, nos confins do Mediterraneo. Essas multiplicadas tribos do tronco celta deram origem e até nome aos territórios onde se fixaram, depois, na complexa e mutante geografia política da Europa ocidental, ganharam dimensão maior do que aqueles feudos dos senhores barões, condes, duques e marqueses, e formaram países. Os gauleses, ocupando privilegiado espaço de terras férteis, na sua maior parte, planas, cobertas por grandes florestas, atravessadas por rios volumosos, e ainda com temperaturas amenas, logo se tornaram alvo da cobiça de vizinhos conquistadores, entre eles os romanos, que expandiam o Império. Júlio Cezar escreveu o seu best-seller De Belum Galico, A Guerra das Gálias, depois de enfrentar e subjugar os Asterix e Obelix, que causaram grandes baixas nas suas poderosas legiões. Não fossem os vinte séculos que nos separam desses acontecimentos, Cezar, com a sua primorosa narração da guerra nas gálias, teria recebido o Prêmio Nobel de Literatura, da mesma forma que um político ambicioso feito chefe militar pelas circunstancias, homem de origem celta, Winston Spencer Churchill, o recebeu, por ter alinhado prodigiosas memórias da Segunda Guerra Mundial. Tanto Cezar como Churchill, enfrentaram cada um o seu Rubicão, o momento decisivo entre a gloria e o esquecimento, aquele brado guerreiro que surge da coragem e da reflexão: o  Allea jacta est,  a sorte está lançada. Aquelas terras selvagens e férteis de Asterix e Obelix era o coração da França e, por isso, os franceses são também gauleses, e ainda, em grande parte, gaulistas, ou seja, seguidores do velho general que até no nome evocava a  França.
Pois é sobre esse povo que a Aliança Francesa fará uma exposição que abre dia 25 as seis da noite, e vai até 20 de maio. A professora Elódia Caldas Barros, primeira entre os francófilos sergipanos, deu à professora Caroline Tomi a responsabilidade pela organização, da qual participou todo o corpo de professores da escola de língua e cultura. Na abertura da mostra a professora e historiadora Berthe Goiswin, falará sobre os parentes de Asterix e Obelix.

Nenhum comentário:

Postar um comentário