OS 14 QUEBRADOS E A
CALAMIDADE PÚBLICA
Os estados da federação brasileira não são responsáveis
diretos pela crise que nos assola, e corrói os ânimos da sociedade. Nenhum
deles tem o comando das decisões na área econômica e financeira que
inviabilizarama permanência do ritmo de crescimento da economia, e da saudável
política social que se iniciara com ênfase.
Mas, quatorze deles estão literalmente quebrados. Poderá ter
havido, em alguns, uma gastança além dos limites, níveis de salários acima da
capacidade do Caixa, mas, na sua maioria, os estados são afetados exatamente
pela queda na receita, que é consequência da crise. Nareunião que os
governadores desses quatorze estados tiveram em Brasília suplicando por
recursos federais, não tão vultosos, apenas 7 bilhões a serem repartidos entre
os quatorze, receberam em troca a resistência firme do Ministro da Fazenda, o
banqueiro Meireles, seguríssimo na sua visão monetarista, mas talvez ágil e
solícito se o pedido fosse para tapar algum rombo no sistema financeiro, em
algum banco falindo . Isso afetaria, justificaria logo, perigosamente, a
tentativa de recuperação da economia,criando um risco sistêmico, que levaria o
mercado ao pânico.
Mas é preciso avaliar as consequências que advirão caso esses
quatorze estados façam o que pro meteram: a decretação do estado de calamidade
pública.
Qual o investidor que viria ao Brasil participar dos leilões
de concessão de estradas, portos, aeroportos, petróleo, das parcerias público privadas,
sabendo que dos 26 estados e um território da República Federativa do Brasil,
quatorze deles estão em estado de calamidade pública ?
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