O GENERAL E O POLÍTICO
Djenal Tavares Queiroz cujo centenário agora se comemora, foi
um militar rigoroso e de hábitos austeros. Não bebia, não fumava, acordava bem
cedo e fazia exercícios regulares. Na reserva chegou a general. E foi como general
que ele se tornou mais conhecido ao ingressar na política e chegar a
vice-governador e governador, depois de vários mandatos de deputado estadual.
Homem de posições firmemente conservadoras, apoiou o golpe civil-militar de 64,
mas nunca foi intolerante. Era, pelo contrário, um político que transitava com
facilidade, dialogando com todas as correntes ideológicas. Foi na Assembléia um
líder e um conselheiro de algumas fornadas de jovens parlamentares, entre eles,
o estreante petista Marcelo Déda. Os dois se tornaram amigos, e Déda valeu-se
muito da longa experiência parlamentar do general. Na posse de Déda no primeiro
mandato de governador, a viúva de Djenal, Dona Agda, presentou-o com uma caneta
que pertenceu ao general, e com ela Déda assinou o termo de posse.
Djenal foi sempre uma referencia de respeito aos compromissos
assumidos e de zelo com o dinheiro público. Nessa segunda-feira, a Assembléia
Legislativa faz sessão especial assinalando o centenário do cidadão
general-político, que faleceu aos 82 anos. O presidente do Legislativo, Luciano
Bispo, e o presidente da Academia de Letras, Anderson Nascimento, combinaram
para que as duas instituições fizessem, juntas, a homenagem.
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