sábado, 14 de maio de 2016

O GENERAL E O POLÍTICO



O GENERAL E O POLÍTICO
Djenal Tavares Queiroz cujo centenário agora se comemora, foi um militar rigoroso e de hábitos austeros. Não bebia, não fumava, acordava bem cedo e fazia exercícios regulares. Na reserva chegou a general. E foi como general que ele se tornou mais conhecido ao ingressar na política e chegar a vice-governador e governador, depois de vários mandatos de deputado estadual. Homem de posições firmemente conservadoras, apoiou o golpe civil-militar de 64, mas nunca foi intolerante. Era, pelo contrário, um político que transitava com facilidade, dialogando com todas as correntes ideológicas. Foi na Assembléia um líder e um conselheiro de algumas fornadas de jovens parlamentares, entre eles, o estreante petista Marcelo Déda. Os dois se tornaram amigos, e Déda valeu-se muito da longa experiência parlamentar do general. Na posse de Déda no primeiro mandato de governador, a viúva de Djenal, Dona Agda, presentou-o com uma caneta que pertenceu ao general, e com ela Déda assinou o termo de posse.
Djenal foi sempre uma referencia de respeito aos compromissos assumidos e de zelo com o dinheiro público. Nessa segunda-feira, a Assembléia Legislativa faz sessão especial assinalando o centenário do cidadão general-político, que faleceu aos 82 anos. O presidente do Legislativo, Luciano Bispo, e o presidente da Academia de Letras, Anderson Nascimento, combinaram para que as duas instituições fizessem, juntas, a homenagem. 

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