domingo, 7 de fevereiro de 2016

UMA VISITA AO MEMORIAL ESQUECIDO E ABANDONADO



UMA VISITA AO MEMORIAL ESQUECIDO E ABANDONADO
Em agosto de 1942 o Brasil encaminhou-se para a guerra, quando foram torpedeados 5 navios nas costas de Sergipe e Bahia por um submarino alemão, com o saldo trágico de mais de seiscentos mortos. Os aviões do Aeroclube de Sergipe participaram das primeiras operações de guerra localizando os náufragos e orientando operações de socorro. Aracaju em seguida seria palco de manifestações, de depredações contra residências de italianos, alemães e simpatizantes do nazi- fascismo. Depois, Sergipe, proporcionalmente, figuraria entre os estados que mais enviaram combatentes para a  guerra.  
Na Praça do Expedicionário, em frente à desativada e abandonada estação ferroviária, foi construído um Memorial. Isso aconteceu quando João Alves foi Prefeito entre 75 e 79. O Memorial está abandonado, quase destruído, desapareceram as placas com os nomes dos sergipanos mortos no conflito. O memorial é hoje uma cracolândia.
É dessa forma descuidada, incivilizada, impatriótica, que tratamos a nossa História, a História que teve episódios de sangue e mortes tão perto de nós.
Quinta-feira dia 4, um grupo de pessoas esteve no Memorial, ou no que restou dele. Era formado pelo presidente da Academia Sergipana de Letras, Anderson Nascimento, pelos acadêmicos Conselheiro Carlos Pinna, Murilo Mellins, este escrevinhador, e o coronel da reserva  do exército Eduardo Pereira, ex- Comandante do 28ºBC, e ex-Secretário de Segurança. Dia 15 na sessão da Academia o presidente Anderson indicará nomes para uma comissão que terá o objetivo de estudar meios para  recuperar, ou mesmo reconstruir o Memorial, criando-se  um espaço cívico que possa ser visitado, e onde ocorram solenidades, recuperando-se o local que é hoje símbolo triste de decadência, e da omissão coletiva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário