UMA VISITA AO MEMORIAL ESQUECIDO
E ABANDONADO
Em agosto de 1942 o Brasil
encaminhou-se para a guerra, quando foram torpedeados 5 navios nas costas de
Sergipe e Bahia por um submarino alemão, com o saldo trágico de mais de
seiscentos mortos. Os aviões do Aeroclube de Sergipe participaram das primeiras
operações de guerra localizando os náufragos e orientando operações de socorro.
Aracaju em seguida seria palco de manifestações, de depredações contra
residências de italianos, alemães e simpatizantes do nazi- fascismo. Depois, Sergipe,
proporcionalmente, figuraria entre os estados que mais enviaram combatentes
para a guerra.
Na Praça do Expedicionário, em
frente à desativada e abandonada estação ferroviária, foi construído um
Memorial. Isso aconteceu quando João Alves foi Prefeito entre 75 e 79. O
Memorial está abandonado, quase destruído, desapareceram as placas com os nomes
dos sergipanos mortos no conflito. O memorial é hoje uma cracolândia.
É dessa forma descuidada, incivilizada,
impatriótica, que tratamos a nossa História, a História que teve episódios de
sangue e mortes tão perto de nós.
Quinta-feira dia 4, um grupo de
pessoas esteve no Memorial, ou no que restou dele. Era formado pelo presidente
da Academia Sergipana de Letras, Anderson Nascimento, pelos acadêmicos Conselheiro
Carlos Pinna, Murilo Mellins, este escrevinhador, e o coronel da reserva do exército Eduardo Pereira, ex- Comandante
do 28ºBC, e ex-Secretário de Segurança. Dia 15 na sessão da Academia o
presidente Anderson indicará nomes para uma comissão que terá o objetivo de
estudar meios para recuperar, ou mesmo reconstruir
o Memorial, criando-se um espaço cívico
que possa ser visitado, e onde ocorram solenidades, recuperando-se o local que
é hoje símbolo triste de decadência, e da omissão coletiva.
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