UM COMUNISTA DE RAIZ
A luta pela criação da Faculdade de Medicina de Sergipe é uma página valorosa do que aqui se fez pela educação, pelos alicerces que permitiram a edificação da ainda que tardia Universidade Federal de Sergipe. A faculdade foi instalada, uns cinco anos depois, surgia a UFS. Nessa luta da qual a História registra a participação dos seus maiores protagonistas, restou, esquecida, a de um cidadão que já não era tão jovem, servidor público, que sonhava ser médico, e também para que outros como ele tivessem a mesma oportunidade.
Chamava-se Jose Moreira Mattos. O Mattos, do ¨velho pecebão ¨o partidão de guerra, onde estava uma esquerda que efetivamente sonhava e trabalhava por um mundo novo, até sem conhecer ainda o que de inverso desse sonho se fazia no socialismo real, onde um ditador chamado Stalin, praticara coisas hediondas, embora com mérito de ter sido essencial para a derrota da peste nazista. Mattos foi o modelo, talvez o mais emblemático, de uma esquerda que se sacrificava pelo ideal, e não se deixava seduzir pelos atrativos consumistas de um mundo onde o dinheiro vale mais do que a honra. Uma esquerda que não estaria ao lado do que foi feito na PETROBRAS, nos Fundos de Pensão , devastados, enfim, de uma esquerda que pensava em mudar , transformar, sem perder o compromisso com a decência e o respeito humano. Pois então, Mattos foi um desses, e tanto lutou pela Faculdade de Medicina mas nela não conseguiu entrar. A porta lhe foi fechada pelo golpe que o perseguiu , o desempregou, o tornou um clandestino. Sobre a saga de Mattos, o médico e escritor Lúcio Prado escreveu um resumo da ópera. Mattos morreu no Rio de Janeiro faz quatro meses, e, desde então, a Sociedade Médica de Sergipe, os seus colegas na luta pela Faculdade onde, todavia, conseguiram concluir o curso, o têm homenageado.
Mattos era tão arraigadamente comunista, tão crente na luta da qual participava sem avaliar conseqüências, que a um dos seus filhos deu-lhe o sugestivo nome de Leninmarx. Nome do qual , por sinal, ele muito se orgulha.
A luta pela criação da Faculdade de Medicina de Sergipe é uma página valorosa do que aqui se fez pela educação, pelos alicerces que permitiram a edificação da ainda que tardia Universidade Federal de Sergipe. A faculdade foi instalada, uns cinco anos depois, surgia a UFS. Nessa luta da qual a História registra a participação dos seus maiores protagonistas, restou, esquecida, a de um cidadão que já não era tão jovem, servidor público, que sonhava ser médico, e também para que outros como ele tivessem a mesma oportunidade.
Chamava-se Jose Moreira Mattos. O Mattos, do ¨velho pecebão ¨o partidão de guerra, onde estava uma esquerda que efetivamente sonhava e trabalhava por um mundo novo, até sem conhecer ainda o que de inverso desse sonho se fazia no socialismo real, onde um ditador chamado Stalin, praticara coisas hediondas, embora com mérito de ter sido essencial para a derrota da peste nazista. Mattos foi o modelo, talvez o mais emblemático, de uma esquerda que se sacrificava pelo ideal, e não se deixava seduzir pelos atrativos consumistas de um mundo onde o dinheiro vale mais do que a honra. Uma esquerda que não estaria ao lado do que foi feito na PETROBRAS, nos Fundos de Pensão , devastados, enfim, de uma esquerda que pensava em mudar , transformar, sem perder o compromisso com a decência e o respeito humano. Pois então, Mattos foi um desses, e tanto lutou pela Faculdade de Medicina mas nela não conseguiu entrar. A porta lhe foi fechada pelo golpe que o perseguiu , o desempregou, o tornou um clandestino. Sobre a saga de Mattos, o médico e escritor Lúcio Prado escreveu um resumo da ópera. Mattos morreu no Rio de Janeiro faz quatro meses, e, desde então, a Sociedade Médica de Sergipe, os seus colegas na luta pela Faculdade onde, todavia, conseguiram concluir o curso, o têm homenageado.
Mattos era tão arraigadamente comunista, tão crente na luta da qual participava sem avaliar conseqüências, que a um dos seus filhos deu-lhe o sugestivo nome de Leninmarx. Nome do qual , por sinal, ele muito se orgulha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário