¨ CUNHA GUERREIRO
DO POVO BRASILEIRO ¨
¨ Há algo de podre no
reino da Dinamarca ¨. Parodiemos Shakespeare
suspeitando que há algo de muitíssimo podre na República brasileira. Se assim
não fosse, seria apenas um pesadelo a cena de trabalhadores festejando o sinistro ainda presidente da
Câmara, Eduardo Cunha, num coro escandalosamente vergonhoso: ¨ Cunha, guerreiro, do povo brasileiro ,
Cunha, guerreiro, do povo brasileiro..........¨
Se o Brasil tiver guerreiros como Eduardo Cunha e os festejar, estaremos derrotados,
desmoralizados em todas as frentes, e teríamos perdido a capacidade de ter um
mínimo de vergonha na cara.
O sindicalismo brasileiro já viveu momentos deploráveis. Transitou pelo peleguismo , a adesão disfarçada ao poder, e nisso flertou
descaradamente com ditaduras e políticos virulentamente corruptos.
Agora, através da Força Sindical, que serve para dar força financeira e política
aos seus líderes, o sindicalismo brasileiro atinge um ponto crítico de
degenerescência, atrelando-se ao chantagista Eduardo Cunha. A denúncia contra ele feita pelo Procurador
da República Rodrigo Janot, alinha uma sucessão impressionante de provas,
demonstrando o processo de lavagem das propinas que Cunha recebeu via
Petrobrás. Cunha, todavia, ainda se mantém forte na sua posição. Espera que o
Supremo Tribunal Federal não acate o pedido de abertura de processo contra ele.
Deve contar com muitos aliados, dos quais, pelo menos cem, ele comprou, cada um, ao preço de um
milhão de reais, e assim tornou-se
presidente da Câmara, passeando entre os
restos do cambaleante governo de Dilma, e o descrédito onde afundou o
PT.
Por quanto Cunha teria comprado a adesão da Força Sindical,
liderada pelo notório malandro Paulinho
da Força ?
aposentos no Palácio do
Catete, e, por isso, acionando contra ele mesmo a sua própria arma.
Felizmente, as nossas instituições estão de pé, e firmes, mas
Dilma está trôpega, e a crise não se resolve.
Este agosto poderia testemunhar outro grande gesto a ser inscrito na nossa
História . Desta vez, um gesto de desprendimento, de serenidade coerente diante
da responsabilidade com a nação. Gesto
que se consubstanciaria numa carta de renuncia.
Isso acontecendo , o país agora descendo a ladeira do pessimismo,
certamente ganharia um novo alento.
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