domingo, 5 de julho de 2015

O TEMPLO ETÍLICO DE SONHOS E DESAFIOS

O TEMPLO ETÍLICO DE
SONHOS E DESAFIOS
Mário Britto, faz nova incursão pela arte sergipana e pelos  sergipanos que a fazem ou fizeram. Trata, dessa vez, de Jenner Augusto e dos traços de modernismo que ele gravou nos painéis precursores de um local que surgia, e onde,   nos tempos em que o poder tinha a carantonha feia do ódio e da perseguição, haveria um espaço de descontração, desafio e sonho. Era o Cacique Chá, abrigando a intelectualidade  sergipana, teimando em sobreviver, sonhando, desafiando, ou calando em surdo protesto de ironia e riso interiores.

Sobre aquele tempo, e uma   mesa do Cacique, Mário Britto, entre outros depoimentos, incluiu o de João Augusto Gama. O ex-prefeito de Aracaju, hoje Secretário da Administração e Planejamento, fez um texto enxuto e abrangente, aquela arte de escrita que Graciliano Ramos sugere com maestria, e Gama adotou, para elaborar em detalhes precisos e sentimento forte  a memória de um cenário de  fruição descontraída da vida, onde ele, quase  adolescente, convivendo com adultos, tentavam, todos, manter o riso e a capacidade de pensar, sob a vigilância de um regime severo,  com ojeriza e raiva dos que ousavam ser livres.

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