sexta-feira, 5 de junho de 2015

O ESTILO ¨ CARCARÁ ¨ DO SINTESE E DA DEPUTADA ( 2)



O ESTILO  ¨ CARCARÁ ¨ DO
 SINTESE E DA DEPUTADA ( 2)
A  agressividade do SINTESE e da deputada Ana Lúcia que tem no sindicato a sua exclusiva e proveitosa base eleitoral,   colocando em cena aquele estilo de ação que no capítulo anterior denominamos  ¨ carcará – cangaceiro – maniqueísta ¨, poderá contentar uma ampla parcela dos 10 mil professores da rede pública estadual, mas, a sua força efetiva resulta  daquele punhado de aguerridos militantes que, tal e qual a deputada Ana Lúcia,   reduzem Karl Marx à condição de profeta fanático da intolerância.Sem saberem exatamente em qual classe de trabalhadores situam-se os seus filiados, o SINTESE e a também professora Ana Lúcia, colocam todos na condição de espoliados, excluídos, e humilhados.Eles  seriam a vanguarda da luta de classes . Com essa massa de manobra que habilmente utilizam em função dos seus objetivos políticos,   os fins sempre justificariam os meios. Tudo assim um tanto bizarro, mas as esquisitices ideológicas ou psíquicas,  costumam angariar adeptos. A História nos fornece os melhores exemplos.
Para os padrões dos nossos sindicatos sergipanos, o SINTESE  ostenta um status burguês . Não diríamos  um padrão FIFA. Mas, tanto quanto a FIFA,  o SINTESE dá reduzida atenção à transparência. Recebe, todos os meses, transferidos pela Secretaria de Estado da Educação uma expressiva quantia, na maior parte correspondente à contribuição sindical que o Estado  lhe transfere,  descontada da folha do professor. Uma tarefa que por sinal não é obrigatória.
Até abril passado o SINTESE tinha, contabilizado  entre consignações, imposto sindical e  ações judiciais, um total de  três milhões, setenta e cinco mil e alguns quebrados.
É uma bela quantia, coisa de sindicato burguês. Dá para tudo, para fazer out- doors   espalhados por todo o estado, para pagar dez mil reais diários de multa por desobediência à determinação judicial de por fim à greve. Ate para comprar aquelas algemas, que serviram para a teatralização da greve.  Há quem garanta que a vultosa soma  serviria também  para dar uma ajudazinha em campanhas eleitorais. O SINTESE  faz, ele próprio, o controle interno das suas contas. É algo semelhante ao   centralismo democrático, eufemismo usado por  organizações  autoritárias ou mafiosas , quando disfarçam  a estrutura hermética na qual se protegem.
Todo sindicato desenvolve alguma ação social beneficiando os sindicalizados. O SINTESE,  que nesse sentido nada faz, poderia mudar de atitude, e ir mais longe ainda, dando uma contribuição efetiva para a melhoria da educação em Sergipe. Com o dinheiro que tem, instalaria uma escola, coisa pequena, para uns 100 alunos,  todos filhos de professores.  Mostraria, então, com a  ajuda voluntária dos sindicalizados, como se poderia  fazer uma educação de qualidade, uma educação padrão SINTESE. Nessa escola, sem dúvidas, o ano escolar não seria interrompido por greves sucessivas.
 Para a sociedade, para os pais, e para os alunos, hoje atormentados com a perspectiva de perderem  o Enem, de terem mais um ano desperdiçado, a escolinha mostraria que as idéias do SINTESE, se postas em prática, dariam resultados concretos, visíveis, reais, melhorando o ensino, tornando mais eficientes as escolas, formando alunos qualificados.
Mas o SINTESE e a professora deputada Ana Lúcia, acreditam muito mais na ¨ pedagogia da greve,¨ ou seja,  a paralisação  das escolas como forma de luta social destinada a fortalecer e criar quadros de novos militantes, entre os alunos inclusive, que se tornariam também adeptos daquela  forma de protesto anti -social   visando, paradoxalmente, ¨ mudar a sociedade.¨  Enquanto isso, de greve em greve, condenam os alunos à ignorância.   De ano para ano aumenta o numero de analfabetos funcionais que a escola pública despeja para a batalha real pela conquista de algum lugar  ao sol. Batalha que os egressos da rede pública estão perdendo, e  o SINTESE e a deputada Ana Lúcia , sabem disso.
    A deputada Ana Lúcia e  o SINTESE acreditam firmemente nessa ¨ pedagogia  ¨. Fechando-se as escolas, são formados indivíduos destituídos de conhecimento e capacidade crítica. Só assim,  teriam sempre à disposição uma massa facilmente manobrável,  que acreditaria até, nas puras intenções  do SINTESE e da sua deputada. ( Continua no próximo domingo )

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