sábado, 30 de maio de 2015

A VALE ENGANA E PREJUDICA SERGIPE

 A VALE  ENGANA E
PREJUDICA SERGIPE
 A Vale,   uma das maiores mineradoras do mundo, ganhou em Sergipe quase um presente. Nos anos noventa, ainda   estatal, já era a maior exportadora de minério de ferro do mundo.   Collor fechou a mina de Taquarí – Vassouras, operada pela Petromisa , subsidiária da Petrobrás, única produtora de potássio no Brasil e no hemisfério sul.  A Petromisa  era rentável, mas, ao que se propalou na época, entravam em cena os interesses de um poderoso grupo importador ligado à família do presidente. O dono era avô dos seus filhos.  Os trabalhadores da mina, liderados pelo geólogo Jose Eduardo Dutra, começaram a agir. Albano, então senador, que apoiara Collor depois da promessa que ele fizera no sentido de não mexer com a  Petromisa ,  foi procurado pelos trabalhadores para que fosse cobrar a promessa não cumprida. Ele juntou-se aos sindicalistas com a participação dos governadores Valadares, depois  João Alves.  Encontrou- se uma astuciosa fórmula que permitiria a reabertura da mina:  a incorporação da estatal Petromisa  por outra estatal,    que então se chamava Vale do Rio Doce.   Em seguida, a  Vale do Rio Doce  seria privatizada por um precinho camarada , e se chamaria apenas Vale,   entre outras coisas,    dona da usina de potássio. As jazidas estão se extinguindo, e surgiu a alternativa de produzir o potássio através da   carnalita ,  minério encontrado fartamente  no subsolo  sergipano. A Vale se dispôs a desenvolver o Projeto Carnalita,  algo em torno de uns  4 bilhões de dólares. Isso há 4 anos . Desde então, acontecem  protelações, impasses a superar, obstáculos alegados, que, por sinal, já foram todos  resolvidos pelos governos de Sergipe e  federal. Mas o Projeto  carnalita  não deslancha, não sai do papel.  A  Vale engana, ludibria, e prejudica Sergipe.

A Vale  ganhou mais dois presentes menores em Sergipe: o  porto de mar, da PETROBRAS, e a ferrovia antes operada pela Leste que, privatizada, transformou-se na Ferrovia Atlântico,  subsidiária da Vale  . A ferrovia, ainda que precariamente,  funcionava. A Vale   desativou-a. O porto, operado  pela Vale rende um razoável lucro.  Precisa ser modernizado, ampliado.  Há  o interesse de uma das maiores operadoras em logística portuária do mundo: a  Hamburg- Sud . Mas a Vale fecha-se na sua redoma,  nada define sobre uma possível joint- venture com a Hamburg   para ampliar o porto, nem dá sinais de querer reativar a ferrovia . A Vale  é hoje uma ¨ caveira  de burro ¨ enterrada no solo de Sergipe. É preciso que se comece a desenterrar essa  ¨ caveira  ¨  aziaga.    

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