sábado, 18 de abril de 2015

O BAIXO S. FRANCISCO O POUCO CASO DA CHESF



  O BAIXO S. FRANCISCO
 O POUCO CASO  DA CHESF
A CHESF,  cumpre a sua finalidade ao gerar energia elétrica, e está no  âmbito das suas atribuições quando, para  garantir a  capacidade geradora,  guarda    água nos  reservatórios exercendo rigoroso controle sobre a vazão do rio. Sem água não se movimentam as turbinas nas hidrelétricas da CHESF.
 Os planos estratégicos da CHESF, que devem abranger  uma visão a longo prazo  das alterações registradas na bacia do São Francisco,  se ainda não produziram uma advertência,  deverá ter sido, tão somente, para evitar um clima de escândalo. Os técnicos da CHESF têm em mãos relatórios demonstrando que a atual capacidade de geração não poderá ser mantida caso não  haja uma improvável reversão  na tendência apontada pelos climatologistas  de uma gradual redução do volume de chuvas na bacia do São Francisco.
A CHESF não pode fazer chover, evidentemente, mas há muito tempo já deveria ter assumido uma parcela de responsabilidade para que se executem as ações tecnicamente recomendadas visando combater as causas da degradação do outrora caudaloso rio. Lamentavelmente,  a CHESF apenas   iniciou pífios  projetos de replantio da cobertura ciliar devastada. Num desses, plantou, ao que se informa, 50 mil pés de pinheiro, uma planta totalmente inadequada às condições do semiárido. Houve tempo, e já vai distante,  em que a CHESF  desenvolvia um elenco de ações voltadas para a preservação do meio ambiente, e agia também na área social. Isso aconteceu quando nem se considerava ainda a urgência da preservação do rio, mas o presidente da empresa o engenheiro Amauri, tinha uma visão de futuro. Agora, não se trata adequadamente nem do hoje, e o amanhã é tema riscado da agenda. Isso numa empresa que já está sendo obrigada a reduzir a produção de energia. Só a hidrelétrica de Xingó, projetada para ter 9 turbinas,somente colocou em funcionamento 6 e acaba de desativar duas.
Com relação ao baixo São Francisco o descaso da CHESF  é completo. Em toda extensão do rio, na sua fase derradeira entre Sergipe e Alagoas antes de encontrar-se com o mar, são conhecidas apenas as omissões, o desprezo,  a total indiferença.Como a CODEVASF é também uma empresa travada pelo acúmulo de erros gerencias ao longo do tempo, a região é a que mais sofre com a morte anunciada do ¨ Velho Chico ¨ .  Vem descendo desde Paulo Afonso uma enorme quantidade de material altamente poluente,   arrasador para a saúde. Foi jogado ao rio pela CHESF. 
Várias cidades alagoanas  interromperam a captação de água.  Se a mancha continuar, logo, também,   sofreremos as consequências.  
A CHESF, não é apenas indiferente, em relação ao baixo São Francisco, ela comete erros calamitosos.  A empresa confirma que cometeu o crime, continua como sempre alheia, e nada lhe acontece. Na Câmara Federal o deputado sergipano Joni  Marcos tem feito discursos cobrando uma ação do governo federal em relação  à CHESF desgovernada.

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