O BAIXO S. FRANCISCO
O POUCO CASO DA CHESF
A CHESF, cumpre a sua
finalidade ao gerar energia elétrica, e está no
âmbito das suas atribuições quando, para
garantir a capacidade geradora, guarda
água nos reservatórios exercendo rigoroso controle
sobre a vazão do rio. Sem água não se movimentam as turbinas nas hidrelétricas
da CHESF.
Os planos estratégicos
da CHESF, que devem abranger uma visão a
longo prazo das alterações registradas
na bacia do São Francisco, se ainda não
produziram uma advertência, deverá ter
sido, tão somente, para evitar um clima de escândalo. Os técnicos da CHESF têm
em mãos relatórios demonstrando que a atual capacidade de geração não poderá
ser mantida caso não haja uma improvável
reversão na tendência apontada pelos
climatologistas de uma gradual redução
do volume de chuvas na bacia do São Francisco.
A CHESF não pode fazer chover, evidentemente, mas há muito
tempo já deveria ter assumido uma parcela de responsabilidade para que se
executem as ações tecnicamente recomendadas visando combater as causas da
degradação do outrora caudaloso rio. Lamentavelmente, a CHESF apenas iniciou pífios projetos de replantio da cobertura ciliar devastada.
Num desses, plantou, ao que se informa, 50 mil pés de pinheiro, uma planta
totalmente inadequada às condições do semiárido. Houve tempo, e já vai distante, em que a CHESF desenvolvia um elenco de ações voltadas para
a preservação do meio ambiente, e agia também na área social. Isso aconteceu
quando nem se considerava ainda a urgência da preservação do rio, mas o
presidente da empresa o engenheiro Amauri, tinha uma visão de futuro. Agora,
não se trata adequadamente nem do hoje, e o amanhã é tema riscado da agenda.
Isso numa empresa que já está sendo obrigada a reduzir a produção de energia.
Só a hidrelétrica de Xingó, projetada para ter 9 turbinas,somente colocou em
funcionamento 6 e acaba de desativar duas.
Com relação ao baixo São Francisco o descaso da CHESF é completo. Em toda extensão do rio, na sua
fase derradeira entre Sergipe e Alagoas antes de encontrar-se com o mar, são
conhecidas apenas as omissões, o desprezo, a total indiferença.Como a CODEVASF é também
uma empresa travada pelo acúmulo de erros gerencias ao longo do tempo, a região
é a que mais sofre com a morte anunciada do ¨ Velho Chico ¨ . Vem descendo desde Paulo Afonso uma enorme
quantidade de material altamente poluente,
arrasador para a saúde. Foi jogado ao rio pela CHESF.
Várias cidades alagoanas interromperam a captação de água. Se a mancha continuar, logo, também, sofreremos as consequências.
A CHESF, não é apenas indiferente, em relação ao baixo São
Francisco, ela comete erros calamitosos. A empresa confirma que cometeu o crime,
continua como sempre alheia, e nada lhe acontece. Na Câmara Federal o deputado
sergipano Joni Marcos tem feito
discursos cobrando uma ação do governo federal em relação à CHESF desgovernada.
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