sábado, 10 de maio de 2014

ALIADOS FAZEM AVALIAÇÕES SOBRE REGERIO E O SENADO



ALIADOS FAZEM AVALIAÇÕES
SOBRE REGERIO E O SENADO
Há sintomas de insatisfação no bloco  formado pelos partidos que apoiam a reeleição de Jackson   em consequência da candidatura a senador do deputado federal Rogério  Carvalho.  Restandopouco tempo para que se arme a arquitetura final   das composições, cria-se uma   ansiedade  maior na medida em que vão passando os dias e a tática seguida por importantes protagonistas tem sido a de dar tempo ao tempo,  esperando que o horizonte se torne mais claro.  A conjuntura política nacional começa a exercerinfluência na composição do cenário sergipano . Com a circunstancia nova da indefinição na disputa presidencial, a preponderância que o PT esperava ter na formação da chapamajoritária , até como resultado de uma exigência da direção nacional do partido, vai sendo confrontada com os  fatos novos que até meses atrás não se esperava  viessem a ocorrer. No PMDB a situação está tranquila,ali,  a preocupação única é com a reeleição do governador Jackson Barreto, e parece existir o consenso, que seria inspirado pelo próprio Jackson, de que a decisão tomada pelo PT deve ser  respeitada  como parte de um acordo  pré-agendado, desde quando, antecipando-se ao calendário eleitoral,  o então governador Marcelo Déda  deixou claro que disputaria o Senado, para isso renunciando e passando o governo ao seu vice, Jackson Barreto, que seria candidato à reeleição. Com o agravamento da doença Déda pressentia quenão seria candidato ao Senado, mas, nas vezes em que retornava a Sergipe, insistia em repetir que Jackson era o seu candidato ao governo. Sergipe perdeu a oportunidade de eleger Déda para o Senado onde ele seria um dos mais brilhantes senadores, esempre um exemplo de dignidade na vida pública. Restou ao PTescolher um outro nome para manter a estrutura que se imaginara antes para a chapa majoritária. Houveo deplorável episódio em que foi traiçoeiramente rifado o nome de Eliane, esposa de Déda,que , se escolhida, seria, além da homenagem devida ao líder morto, uma quase certeza de consagração eleitoral. Depois,as facções do PT se rejuntaram num processo de acomodação de interesses , e Rogério conseguiu ser  o nome unanimemente aceito para concorrer ao Senado. A Jacksonnão caberia intrometer-se no processo interno de escolha do PT, um vespeiro no qual nem Lula, compadre de Déda e compadre de Eliane, ousou meter a mão.  Decisão tomada pelo partido,Jackson a aceitou sem pestanejar,  e, se depender dele a chapa majoritária  está consolidada, restando apenas a escolha do vice, que, pelo andar da carruagem, deverá sair do PSB do senador Valadares ou do DEM de João Alves. Jackson ficará imensamente satisfeito se, ao seu lado, houver a presença de Eliane, numa atitude política que ela tem afirmadoque assumirá, como  gesto destinado a sinalizar a presença que seria de Déda nos palanques.
Os demais partidos da base,contudo,  não estão se sentindo confortáveis. Para alguns, a candidatura de Rogério ao Senado altera os planos que haviam traçado com vistas à eleição de deputados federais e estaduais. Para aplainar sua trajetória até o consenso que veio a merecer do PT, numa hora em que o partido parecia irremediavelmente fragmentado, Rogério teve de atuar para fortalecer a chapa de deputados federais e estaduais petistas e isso colidiu com projetos já em andamento dos demais partidos, que se viram, de repente, confrontados com uma situação nova que lhes é claramente desfavorável, e se perguntam: ¨Por queiremos   votar em   Rogério enquanto os seus candidatos estarão concorrendo contra os nossos?¨ O vereadorde Aracaju, Joni Marcos,  candidato a federal pelo PRB, disse semana passada no programa de Gilmar Carvalho que depois do lançamento da candidatura a  federal do deputado estadual João Daniel, ele,que esperava somar votos  numa dobradinha em Canindé, se sente diretamente prejudicado por Rogério e não teria motivos para tê-lo como seu candidato ao Senado. Claro, não há duvidas de que o PT tem que fortalecer seus candidatos, queDaniel, um líder   formado nas lutas populares  tem todo o direito de pleitear qualquer candidatura, mas o problema será convencer quem se sente prejudicado por Rogério a votar nele para o Senado.
O ex-prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, líderdo PC do B, chegou a afirmar no mesmo programa de Gilmar que, se pudesse dar um conselho, diria a Jackson que retirasse Rogério da sua chapa. Nos demais partidos, ainda não vocalizadas tão explicitamente, existem as mesmasinsatisfações, e se não forem aplacadas, poderão gerar consequências. A Rogério, o maior interessado, caberia a tarefa imprescindível de acomodar os interessesrigorosamente dentro da ótica de um candidato majoritário.

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