terça-feira, 3 de dezembro de 2013

FREI ENOQUE OU A DIGNIDADE CASTIGADA



FREI ENOQUE OU A
DIGNIDADE CASTIGADA
A ditadura pode ter atingido psicologicamente o Frei Enoque, pode tê-lo ferido pelas injustiças e pela imposição do arbítrio, mas, aquilo que o regime autoritário  jamais fez, a democracia em que vivemos agora,  deploravelmente conseguiu, ou seja, castigou moralmente o Frei Enoque, o levou ao terreno lodoso onde estão  os que usam e abusam dos cofres públicos. O Tribunal de Contas de Sergipe acaba de condenar o Frei Enoque a ressarcir aos cofres municipais a quantia de quarenta e seis mil reais, assim o marcando com o ferrete de corrupto, justamente ele,  exemplo de vida recatada, de desamor ao dinheiro, de dignidade e de solidariedade humana. Antes de tornar pública uma condenação que é injusta, que é desumana, que é desastrosa como exemplo repugnante de desrespeito a um cidadão que é moralmente inatacável, o Tribunal de Contas em vez de mandar técnicos que buscaram erros eventuais nas contas paupérrimas de  Poço Redondo, deveria mandar quem tivesse olhos para ver, sensibilidade para sentir,   a fim de investigarem o  cidadão Frei Enoque, o visitassem na quase tapera onde mora, procurassem saber de que tipo humilde de aposentadoria ele sobrevive, procurassem saber em que ele gastou quase todos os salários  que recebeu como prefeito por três vezes. Então, iriam descobrir que Frei Enoque não deixou rombos no orçamento municipal, que ele tirou do bolso o próprio salario para ajudar a manter funcionando bem o hospital, os postos de saúde, que alimentou os pobres,  tudo dentro das boas  formas como se  pratica a caridade cristã, sem dos atos fazer alarde. Curvem-se os senhores indiferentes técnicos do tribunal,  à majestade honrada de um homem exemplar, curvem-se, e lhe peçam desculpas, talvez perdão.
Os amigos do Frei Enoque entre eles, Jackson Barreto, Heleno Silva, Albano Franco, Antônio Carlos Valadares, Valadares Filho , Leonor Franco, João Daniel, Roberto Araújo, irão se cotizar para que seja feito o pagamento da dívida descabida, e, em seguida contratarem advogados para que se faça JUSTIÇA.

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