sábado, 12 de outubro de 2013

UM MEDICO JUNTO AO POVO



UM MEDICO JUNTO AO POVO

A Sociedade Médica assinalou a passagem dos cem anos do médico Lucilo Costa Pinto. Numa época em que equívocos corporativistas ou inconsistentes posições ideológicas deformadas por preconceitos levam, uma considerável parcela da classe médica, a se envolver numa extremada e desgastante polemica, o exemplo da vidaprofissional do Dr. Costa Pinto poderia servir para demonstrar que a presença do médico,  por si só, em grande a parte das situações, é capaz de amenizar os sofrimentos das pessoas. Pior, muito pior do que a inexistência de instalações adequadas ,é essa carência, ainda mais associada à falta de médicos. Costa Pinto, no tempo em que viveu, representou o alívio, a cura para doentes que só a ele podiam recorrer. Urologista, um dos poucos clinicando em Aracaju, Costa Pinto desdobrava-se para atender a umagrande  parte da população pobre  vitima de doenças venéreas com elevadíssima incidência. CostaPinto dedicava-se à sua profissão sem  pensar em vantagens materiais, foi sempre carente de recursos para atender aos gastos com a numerosa família.

 Não apenas clinicava,misturava-se com o povo, vivia e sentia os problemas dos mais pobres , socorria as prostitutas, que eram numerosas e devastadas pelas doenças contraídas na promiscuidade em que viviam. Homem que não fugia aos desafios ,Costa Pinto filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro, o MDB, partido da oposição consentida à ditadura, elegeu-se vereador com muitos votos e revelou-se um político tão ligado aos interesses populares como era o médico.
Se vivo fosse, Costa Pinto, pela sua formação popular e distante do elitismo, estaria com certeza a defender a vinda de médicos estrangeiros ao Brasil, justamente para suprir as lacunas existentes nos locais onde os brasileiros se recusam a ir.

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