segunda-feira, 9 de setembro de 2013

UM FEITO PARA O GUINESS - BOOK



UM FEITO PARA O GUINESS - BOOK
Um colunista social é corriqueiramente visto como se fosse mero divulgador das futilidades que compõem o estilo de vida da pequena parcela da população a salvo das agruras   do cotidiano  vivido pela grande maioria.  Esse estilo de jornalismo que uma americana, Pamona  Politis, consagrou como  a fruição da dolce-vita , era, a princípio, a crônica das praias, dos cassinos,  dos palácios da Riviera Francesa, vez por outra, dos lugares da moda nova-iorquinos, dos restaurantes parisienses, de algum cruzeiro no iate Cristina,   que levava a maior de todas as cantoras de ópera, Maria Callas, como convidada especial. Numa noite, Aristóteles Onassis mandou parar as máquinas e ouviu--a interpretar a Casta Diva, disse então que o Mar Egeu fizera silencio,  também , para  ouvi-la, e ele próprio encontrara a sua Diva, sem ser casta, evidentemente.
Gore Vidal, que enriqueceu a literatura do seu tempo, foi um esnobe assíduo frequentador do ¨grand-mond¨ e do ¨jet-set¨, onde logo identificou, na festa permanente das vaidades, o jogo e os artifícios do poder, e ganhou assunto para muitos livros. No Brasil, Jacintho de Thormes e principalmente Zózimo,  fizeram o mesmo caminho de Gore Vidal,  e a crônica social  foi passando por mutações, cedendo  espaço para a politica, a economia, transformando-se em crônica da sociedade, indo do fútil aos núcleos do poder.
Thais Bezerra, agora faz 35 anos, começou na Gazeta de Sergipe, levada por Ivan Valença, sendo supervisionada por Orlando Dantas, que via com ceticismo a garota , para ele, parecendo ser mais  uma adolescente festeira.  Desde aquele tempo  mantem uma característica, que é o espaço reservado aos mexericos, tipo casais formados ou desfeitos, machões saindo do armário, mas,  foi incorporando as revelações  as vezes indiscretas, exclusivas,    as tramas da política, os caminhos percorridos pelo dinheiro, e assim resistiu, renovando-se  ao longo do tempo. O  excelente Jornal  da  Cidade, aos domingos, é em grande parte o caderno de Thais.  E a menina academica de química industrial, se fez jornalista consagrada. Thais junta,   para a sua longevidade de sucesso,   algumas coisas fundamentais,  tais como inteligência e acuidade, trabalho intenso e persistência. Por isso, nesses 35 anos, a sua coluna  nem um só dia deixou de ser publicada.  Estivesse com febre, frio e dor de cabeça, ou  mesmo  quando despediu-se dos    seus adorados Alvaro e Juju, e saiu dos sepultamentos para molhar com lágrimas a máquina de escrever, que ainda usava;  aos domingos, o caderno de  Thais  sempre saiu completo, isso, durante 35 anos.
Pode ser um recorde a  figurar nas páginas do Guiness- book.
E para comemorar, Thais planeja um happening em novembro.

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