UM ASSENTAMENTO DOS SEM TERRA
Os assentamentos do
MST em Sergipe, e também por todo o
Brasil, recebem o nome de revolucionários ou de vítimas da repressão no
decorrer da luta pela terra. Há o Karl Marx, o
Che Guevara, o Rosa Luxemburgo, o Carlos
Prestes, o Chico Mendes, e tantos
outros, homenageando célebres engajados
e líderes das lutas sociais. Isolado
entre serranias, em meio à caatinga cerrada, existe em Canindé um assentamento que leva o nome de alguém que
não figura na galeria dos famosos. Chama-se Pedro
Teixeira.
O Pedro Teixeira pode servir como demonstração
de que o preconceito contra o MST é coisa de inconformados com o preenchimento,
pelos desvalidos, dos espaços que antes eram exclusivamente ocupados por uma
elite privilegiada e gananciosa, única que podia possuir terras, ter acesso aos
bancos, receber empréstimos
vultosos a juros subsidiados.
Espalhou-se então, que no MST só havia vagabundos e preguiçosos, sem a
menor vontade de trabalhar e produzir.
João Daniel, hoje deputado,
condutor das jornadas do MST em Sergipe, poderia organizar visitas de
formadores de opinião ao assentamento
que começa a vencer, com trabalho e muita persistência, as dificuldades de uma
região que está entre as recordistas de
pouca chuva. O que lá está sendo feito é um exemplo para todo o
semiárido.
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