A NOMEAÇÃO APRESSADA
A Mesa da
Assembleia vagarosamente foi empurrando
com a barriga a escolha do futuro conselheiro do Tribunal de Contas. Protelou
enquanto pode. Tudo isso, há quem garanta, em obediência às ¨orientações externas recebidas¨. A demora era parte da
estratégia do grupo majoritário para consolidar a conquista de votos ainda
duvidosos. Há quem descreva em saborosas minucias como se fez essa ¨conquista¨, inclusive também com detalhes curiosissimos sobre algumas cifras
que teriam surgido ao longo do estirado
processo. Mas, especulações à parte, o que se trata
mesmo agora é de apressar a nomeação da deputada Suzana Azevedo, pela segunda
vez vencedora, e que já tem, pela segunda vez, sua eleição contestada na
Justiça. A Assembleia emitiu rapidamente a comunicação da escolha ao poder executivo e deu ao governador o prazo
de vinte dias para efetivar a nomeação.
Para o legislativo tudo se fez sem prazo, ao sabor das conveniências,
mas, para o Executivo, o prazo torna-se rígido, bem delimitado no espaço
exíguo de vinte dias, isso, enquanto a
escolha arrastou-se entre firulas mil por mais de um ano.
Como a
questão está outra vez sub-judice, nem Marcelo Déda se retornar nos próximos dias, nem Jackson, se permanecer por mais tempo substituto,
fariam essa nomeação apressada antes que haja a manifestação final da Justiça.
O prazo dado pela Assembleia seria uma
outra ¨ordem externa ¨recebida para que
tudo se consume antes que a Justiça se pronuncie, ou seja, é mais uma
etapa das espertezas sucessivas nas quais o Legislativo se torna um mero refém.
Como vivemos ultimamente em
Sergipe um claro processo de assalto ao poder, a palavra refém, até que bem se
adapta às circunstancias.
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