sábado, 8 de junho de 2013

A NOMEAÇÃO APRESSADA



A NOMEAÇÃO APRESSADA
A Mesa da Assembleia vagarosamente  foi empurrando com a barriga a escolha do futuro conselheiro do Tribunal de Contas. Protelou enquanto pode. Tudo isso, há quem garanta, em obediência às ¨orientações  externas recebidas¨. A demora era parte da estratégia do grupo majoritário para consolidar a conquista de votos ainda duvidosos. Há quem descreva em saborosas minucias como se fez essa  ¨conquista¨, inclusive também  com detalhes curiosissimos sobre algumas cifras que  teriam surgido ao longo do estirado processo.   Mas, especulações à parte, o que se trata mesmo agora é de apressar a nomeação da deputada Suzana Azevedo, pela segunda vez vencedora, e que já tem, pela segunda vez, sua eleição contestada na Justiça. A Assembleia emitiu rapidamente a comunicação da escolha ao  poder executivo e deu ao governador o prazo de vinte dias para efetivar a nomeação.  Para o legislativo tudo se fez sem prazo, ao sabor das conveniências, mas,  para o Executivo,  o prazo torna-se rígido, bem delimitado no espaço exíguo de vinte dias, isso,  enquanto a escolha arrastou-se entre firulas mil por mais de um ano.
Como a questão está outra vez sub-judice, nem Marcelo Déda  se retornar nos próximos dias, nem Jackson,  se permanecer por mais tempo substituto, fariam essa nomeação apressada antes que haja a manifestação final da Justiça. O prazo dado pela Assembleia  seria uma outra ¨ordem externa ¨recebida para que  tudo se consume antes que a Justiça se pronuncie, ou seja, é mais uma etapa das espertezas sucessivas nas quais o Legislativo se torna um mero refém.
Como vivemos ultimamente em Sergipe um claro processo de assalto ao poder, a palavra refém, até que bem se adapta às circunstancias.

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