A SECA E A FOME DOS REBANHOS
A seca interrompida agora com as
chuvas finalmente chegando, já
desorganizou boa parte das atividades produtivas do semiárido. A pecuária é um dos setores mais duramente
atingidos. A presidente Dilma anuncia
agora um programa especial para assegurar alimento aos rebanhos, mesmo durante
as piores estiagens. Tudo se resume em
produzir forragens e armazená-las, mantendo reservas para o período seco, coisa
que criadores das regiões frias fazem
todos os anos, garantindo o suprimento de ração durante os invernos. Em Sergipe
a situação agravou-se porque, mesmo para os pecuaristas que dispõem de recursos não foi fácil
encontrar ração no mercado. Junto com a chuva chegou ao sertão a primeira
remessa do milho do governo federal que
a Conab vende a 18 reais o saco de 50 quilos para os pequenos produtores.
Em Canindé o prefeito Heleno Silva já começa a
por em prática um projeto para garantir suprimento de alimento aos rebanhos
durante o período seco. Em pareceria com o SEBRAE vai plantar palma e produzir sementes para
distribuir entre pequenos criadores, especialmente os assentados do MST; vai
também, em parceria com o Instituto Vida
Ativa, plantar este ano 40 mil mudas de gliricidia e algaroba, e produzir silagem a partir do milho, sorgo e
capim de corte numa área cedida pela
Cohidro no projeto Califórnia. Com o incentivo para que os criadores formem silos,
a questão do suprimento alimentar para
os rebanhos estara resolvida em Canindé
num prazo de três anos. Poderá ser um modelo para todo o semiárido, garante
Heráclito, o Secretário Municipal da Agricultura.
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