segunda-feira, 18 de março de 2013

O PORTO DE MAR E O PORTO ANTIGO



O PORTO DE MAR E O PORTO ANTIGO
  Os  que cruzam constantemente a barra instável e revolta de Aracaju, estão a cada dia vencendo o perigo de um encalhe em águas rasas ou o encontro com um inesperado banco de areia.  A barra é mesmo uma barra, dizem os que diariamente  por ela passam. O canal está  assoreado. Há pontos onde  a profundidade não chega a 2 metros, isso, num trajeto sinuoso que requer manobras repetidas, as vezes bem próximo à forte arrebentação. E as ondas não são pequenas. Mesmo assim,  aquela barra anos a fio foi o caminho para os navios que aportavam em Aracaju. Cargueiros,  navios de passageiros, ficavam ali no cais do Trapiche do Lima entrando pelo rio,  em frente onde a rua de Laranjeiras encontra-se com a Avenida Rio Branco.
Por duas vezes dragou-se a barra para permitir a entrada de navios maiores. Isso aconteceu em 1957, no governo de Leandro Maciel que conseguiu trazer a draga  holandesa Antuérpia para fazer o alargamento e aprofundamento do canal. O trabalho dos marinheiros batavos,    revelou-se mais duradouro nos filhos aloirados que por aqui deixaram, mas a dragagem mesmo teve curta eficácia de menos de dois anos. Em 1970 o governador interino João  de Andrade Garcez conseguiu uma outra draga,  que voltou a aprofundar o canal. Mais uma vez a obra teve curta duração.  Nunca mais se fez nova dragagem. Nesse interim, foi construído o porto de mar, o Terminal Ignácio Barbosa, que opera com eficiência, é por sinal um dos  mais modernos do país, mas é pequeno, limitado, e precisa ser urgentemente ampliado. O governador Marcelo Déda deu ao Secretario do Desenvolvimento Saumínio  Nascimento a incumbência de buscar soluções para o porto de mar.  Já existem fórmulas em estudo avançado.  No decorrer das analises sobre navios, cargas e portos Sauminio constatou que o porto  estuarino de Aracaju precisa também ser reativado. Para isso, é preciso refazer o canal, tarefa que exigiria uma quase permanente dragagem. Mas o custo  beneficio compensará.  Está ameaçada, na Barra dos Coqueiros e em Aracaju a existência dos estaleiros, inclusive do maior e mais antigo deles,  o H. Dantas,  e a PETROBRAS, intensificado a logística para as operações em aguas profundas, precisará cada vez mais do porto de Aracaju.
Para o largo estuário do Sergipe o prefeito João Alves agora volta as vistas, ali descobrindo uma alternativa com o transporte fluvial,  para aliviar o pesado transito aracajuano.

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