O MINISTRO A UNIT E
A VOLTA À POLÍTICA
A UNIT, a grande universidade criada pela
visão e capacidade realizadora do professor Joubert Uchoa de Mendonça e sua esposa Amélia, costuma ser
muito criteriosa nas homenagens que faz. Contam-se nos dedos de uma mão os
títulos honoríficos que a UNIT até hoje concedeu. Exatamente por isso, valorizam-se ainda mais as honrarias que
personalidades públicas recebem daquela Universidade. Semana passada o Ministro
Carlos Britto, presidente do STF, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da UNIT. A homenagem ao professor e jurista que conferiu especial brilho à sua
passagem pelo Supremo Tribunal chegou, no momento exato em que ele completando
este mês 70 anos , terá de aposentar-se compulsoriamente.
Carlos Britto é hoje um dos nomes
mais respeitados da vida pública brasileira, e, exatamente por isso, o homem de
negócios e político, Edivan Amorim, andou imaginando que seria possível fazer de
Carlos Britto candidato do seu grupo ao Senado. Ganhariam um fortíssimo
candidato, e também, de certa forma, um inquestionável atestado de muita
credibilidade. Carlos Britto não se mostrou seduzido pelo convite. Mas, agora,
ouviu um outro, que lhe foi feito pelo governador de
Pernambuco, o colecionador de sucessos, Eduardo Campos. Ele entende que Ayres
Britto seria o nome ideal a ser apresentado pelo seu partido, o PSB, para
disputar uma vaga de Senador no Distrito Federal. Em Brasilia Carlos Britto seria quase aclamado. Há quem
diga que o convite de Eduardo Campos
teria levado o ministro a refletir melhor sobre uma possível candidatura.
Britto, como se sabe, quando integrante do PT foi candidato a deputado federal,
teve uma bela votação, mas não foi eleito por causa da legenda.
O Senado e a política brasileira
precisam de homens públicos como Ayres Britto. Há quem afirme que ele até
poderia retornar à vida política, mas, como sempre, sem transigir em relação a
princípios éticos.
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