A SECA E A BUROCRACIA
Enquanto uma devastadora seca assola os
sertões nordestinos, a burocracia
instalada no País por uma elite insensível e burra de servidores públicos que
se acham supremos senhores da
fiscalização e controle dos recursos do
Estado, atrasa as providencias que deveriam
ser emergenciais. Essas providencias se fazem sentir com atraso de dois, três,
cinco meses, ou simplesmente não se concretizam. Dessa forma, quando um dia as
chuvas retornarem, já terá sido devastado o rebanho, da mesma maneira como
foram devastadas as plantações. Os
prejuízos, as consequências sobre o
desenvolvimento do nordeste serão imensos, e ninguém por eles se responsabilizará. Aqueles que, por
exemplo, ao liberarem recursos para a
construção, recuperação ou simples limpeza de barragens, exigem que se faça um
projeto especifico para cada uma delas, definindo-se unidade por unidade quantas horas de trator, criam obstáculos insuperáveis,
por mais esforços que sejam feitos para que as exigências sejam obedecidas. O
correto, o prático, o lógico, seria um planejamento global para a utilização de cinco, dez mil horas de trator,
fazendo-se, depois, um relato das obras concluídas, das barragens, construídas
ou recuperadas. Mas a burocracia é
sobretudo burra ,ou insensível, e não há outra alternativa a não ser aceitar a
estupidez que é imposta. Resultado: quase nada se faz, e a seca se torna a cada
dia mais grave e devastadora. E os
burocratas fiscalizadores, criadores de normas impossíveis, continuam todos muito bem remunerados e
confortáveis em seus gabinetes, onde cultuam a irrealidade.
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