sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A SECA E A BUROCRACIA



 A SECA E A BUROCRACIA
 Enquanto uma devastadora seca assola os sertões nordestinos,  a burocracia instalada no País por uma elite insensível e burra de servidores públicos que se acham  supremos senhores da fiscalização e controle dos recursos do  Estado,  atrasa as providencias  que deveriam  ser emergenciais. Essas providencias  se fazem sentir com atraso de dois, três, cinco meses, ou simplesmente não se concretizam. Dessa forma, quando um dia as chuvas retornarem, já terá sido devastado o rebanho, da mesma maneira como foram devastadas as plantações. Os  prejuízos, as consequências sobre o  desenvolvimento do nordeste serão imensos,  e ninguém  por eles se responsabilizará. Aqueles que, por exemplo,  ao liberarem recursos para a construção, recuperação ou simples limpeza de barragens, exigem que se faça um projeto especifico para cada uma delas, definindo-se unidade por unidade  quantas horas de trator, criam obstáculos insuperáveis, por mais esforços que sejam feitos para que as exigências sejam obedecidas. O correto, o prático, o lógico, seria um planejamento global para a  utilização de cinco, dez mil horas de trator, fazendo-se, depois, um relato das obras concluídas, das barragens, construídas ou recuperadas. Mas a burocracia  é sobretudo burra ,ou insensível, e não há outra alternativa a não ser aceitar a estupidez que é imposta. Resultado: quase nada se faz, e a seca se torna a cada dia  mais grave e devastadora. E os burocratas fiscalizadores, criadores de normas impossíveis,  continuam todos muito bem remunerados e confortáveis em seus gabinetes, onde cultuam a irrealidade.

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