sábado, 15 de setembro de 2012

O MANGUE MORRE E ALGUEM O ASSASSINA



  O MANGUE MORRE E
ALGUEM O ASSASSINA
 Aquele exuberante manguezal da 13  de Julho carrega a força de  provocar fortes sentimentos , que variam da afeição, à repulsa, e até ao ódio preconceituoso. Que mal teria feito o  manguezal  que acolhe a vida para se transformar em  malsinado alvo das tentativas  solertes de extermínio?  Mas a verdade é que uma boa parte do mangue já se desfez do verde, e forma agora uma mancha cinzenta de  galharia  desfolhada. Triste para a cidade, péssimo para um bairro que,  todavia,  e sem dar a devida importância, convivia  harmoniosamente com o verde. Imaginava-se que a morte das árvores fosse uma consequência do alteamento da faixa da praia a impedir  a circulação da água. O mangue é vegetação que sobrevive enlaçada com o movimento das marés. Mas o que agora está levando  ao extermínio o manguezal seriam ações criminosas. Estariam matando as árvores, suspeita, aliás  pertinentemente levantada pelo  biólogo Genival Nunes, Secretario de Estado do Meio Ambiente.
 Se vier a pegar a desatinada moda devastadora, Aracaju irá perder aos poucos aquela mancha verde que a envolve por  quase todos os lados. Uma característica única, que ainda nos diferencia de outras cidades destituídas  do benéfico convívio com a natureza.
Há um  outro  fato preocupante a ser anotado pelos   especialistas: a vistosa, inquieta população de aves, estaria desaparecendo. Já não se avistam com a mesma frequência e quantidade os bandos de garças, jaburus, gaviões, adejando sobre a pequena floresta à beira d`´agua. A carga fétida e pestilenta dos esgotos  estaria a afugentar as aves?

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