O MANGUE MORRE E
ALGUEM O ASSASSINA
Aquele exuberante
manguezal da 13 de Julho carrega a força
de provocar fortes sentimentos , que
variam da afeição, à repulsa, e até ao ódio preconceituoso. Que mal teria feito
o manguezal que acolhe a vida para se transformar em malsinado alvo das tentativas solertes de extermínio? Mas a verdade é que uma boa parte do mangue
já se desfez do verde, e forma agora uma mancha cinzenta de galharia desfolhada. Triste para a cidade, péssimo para
um bairro que, todavia, e sem dar a devida importância, convivia harmoniosamente com o verde. Imaginava-se que
a morte das árvores fosse uma consequência do alteamento da faixa da praia a
impedir a circulação da água. O mangue é
vegetação que sobrevive enlaçada com o movimento das marés. Mas o que agora
está levando ao extermínio o manguezal
seriam ações criminosas. Estariam matando as árvores, suspeita, aliás pertinentemente levantada pelo biólogo Genival Nunes, Secretario de Estado do
Meio Ambiente.
Se vier a pegar a
desatinada moda devastadora, Aracaju irá perder aos poucos aquela mancha verde
que a envolve por quase todos os lados.
Uma característica única, que ainda nos diferencia de outras cidades
destituídas do benéfico convívio com a
natureza.
Há um outro fato preocupante a ser anotado pelos especialistas: a vistosa, inquieta população
de aves, estaria desaparecendo. Já não se avistam com a mesma frequência e
quantidade os bandos de garças, jaburus, gaviões, adejando sobre a pequena
floresta à beira d`´agua. A carga fétida e pestilenta dos esgotos estaria a afugentar as aves?
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