O MAESTRO AGRADECE TOCANDO
O memorialista Murilo Mellinsera
funcionário dos Correiosnos idos de 1963, e integrava uma comissão de readaptação, encarregada de trocar
de lugar servidores para isso qualificados.
Apareceu sobre a sua mesa um pedido de reintegração, como telegrafista,
do servidor Plínio, que era encarregado de serviços gerais. Uma rígida
integrante da comissão havia dado parecer contra a pretensão de Plínio,alegando
que ele costumava faltar ao serviço. Murilo sabia que Plínio algumas vezes
faltava mesmo, mas, era para complementar o magro salário,tocando num conjunto
musical, e sabia, também, que ele estudara muito e se tornara um bom telegrafista.
Resolveu então fazeroutro parecer favorável ao funcionário, e o
encaminhou imediatamente ao
diretor-geral, o economista Maurino
Ramos, levado à direção dos Correios pela força que então tinham os sindicatos. Maurino
aprovou a reintegração e Plínio tornou-se telegrafista, um dos postos com
melhor remuneração nos Correios.
Tempos depois, Murilo fazia, com amigos, uma
visita a Laranjeiras. Andando pelas
proximidades do Trapiche, foi surpreendido pelosom forte de uma banda de música atrás dele. Virou-se, e viu o
maestro Plínio a regê-la. O maestro veio abraça-lo e disse: ¨Soube que vocêviria
a Laranjeiras e preparei a Banda para lhe homenagear , só não consegui um tapete vermelho para completar a
recepção ¨.
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