sábado, 22 de setembro de 2012

O MAESTRO AGRADECE TOCANDO



 O MAESTRO AGRADECE TOCANDO
O memorialista Murilo Mellinsera funcionário dos Correiosnos idos de 1963,  e integrava uma  comissão de readaptação, encarregada de trocar de lugar servidores para isso qualificados.  Apareceu sobre a sua mesa um pedido de reintegração, como telegrafista, do servidor Plínio, que era encarregado de serviços gerais. Uma rígida integrante da comissão havia dado parecer contra a pretensão de Plínio,alegando que ele costumava faltar ao serviço. Murilo sabia que Plínio algumas vezes faltava mesmo, mas, era para complementar o magro salário,tocando num conjunto musical, e sabia, também, que ele estudara muito e se tornara um bom telegrafista. Resolveu então fazeroutro parecer favorável ao funcionário,  e o  encaminhou  imediatamente ao diretor-geral, o economista  Maurino Ramos, levado à direção dos Correios pela  força que então tinham os sindicatos. Maurino aprovou a reintegração e Plínio tornou-se telegrafista, um dos postos com melhor remuneração nos Correios.
 Tempos depois, Murilo fazia, com amigos, uma visita a  Laranjeiras. Andando pelas proximidades do Trapiche, foi surpreendido pelosom forte de uma banda  de música atrás dele. Virou-se, e viu o maestro Plínio a regê-la. O maestro veio abraça-lo e disse: ¨Soube que vocêviria a Laranjeiras e preparei a Banda para lhe homenagear , só não  consegui um tapete vermelho para completar a recepção ¨.

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