sábado, 8 de setembro de 2012

AGRIDEM, QUASE MATAM, E FICAM SOLTOS


 AGRIDEM, QUASE MATAM,  E FICAM SOLTOS
 Esses dois indivíduos,    evidentes sociopatas,   que,  covardes, juntaram-se,  e  em  desproporcional  vantagem física,  agrediram e quase matam o delegado de polícia  Carlos Frederico Muricy, devem agora fazer parte daquele grupo de criminosos que estão a zombar das nossas leis a desdenhar  da capacidade das instituições para  coloca-los atrás das grades, onde, desde o delito praticado eles deveriam permanecer.  Mas um Juiz é obrigado a decidir de acordo com a lei, e,  desgraçadamente para um país que está sendo  devastado pelo descontrole da criminalidade, as penas são levíssimas, a condescendência é imensa .Na verdade, no Brasil  agora ninguém mais vai preso, e se chegar a ir parar na cadeia lá demorará muito pouco. Talvez, sem  a certeza de que nada de mais grave lhes aconteceria, Renan Rocha Seixas Filho, que é administrador de empresa e tem 35 anos e o universitário Pedro Rafael Braga Vaz, 20 anos não teriam,  com tanta ousadia,  investido contra um cidadão que além de tudo estava acompanhado da esposa e se retirava pacificamente de um local público.  O delegado recebeu chutes na cabeça, teve afundamento de crânio e levou mais de 30 pontos no rosto. A esposa do policial na tentativa de livrá-lo da fúria selvagem dos dois  jagunços vestindo roupas de grife, foi também agredida.   Ao agredirem uma mulher, eles, certamente, completaram a empreitada  ¨valente ¨.
Os dois devem ser   desses frequentadores de academias de lutas marciais que antes não foram obrigados a  comprovar sanidade mental.  Por terem um descompasso insanável entre o  corpo e a mente,    saem a procura de alguma coisa  que  lhes  atenue  a torturante  debilidade interior,  e  a exibição de  força,  mesmo  em circunstancias de total covardia, é o único remédio que encontram.  
O Juiz  determinou aos dois o pagamento de fiança, o que para eles não  chegará a pesar nos bolsos,  mas, estabeleceu ainda que tanto Renan como Pedro não poderão frequentar bares, boates e casas noturnas.  Eles também não podem mudar de endereço e estão obrigados a comparecer a todas as audiências no decorrer do  processo. Renan mora em Salvador e lá não há como saber  o que ele de fato estará fazendo. Até mesmo aqui em Aracaju onde reside Paulo será impossível acompanhar-lhe os passos. Tudo isso porque  no Brasil não se  faz a  aplicação das tornozeleiras   de rastreamento,  talvez por causa dos nossos pudores  hipócritas  em relação a aspectos dos direitos humanos que o resto do mundo civilizado desconhece. Com as tornozeleiras,  tanto Renan como  Paulo teriam seus roteiros facilmente monitorados.  O baiano certamente andará pelos locais badalados de Salvador a contar vantagem, dessas bem próprias de  todo cafajeste, gabando-se de ter em Aracaju, deitado e rolado, até aplicado  uma surra num delegado sem que nada lhe acontecesse.
 Espera-se que o processo ande rápido e haja a condenação, até porque,  se os dois não se tornarem brevemente hóspedes de uma Penitenciária, estaria aberto o caminho para uma outra atitude selvagem,  que seria a simples vingança pessoal  do agredido, ou de outros policiais indignados com a impunidade.

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