sábado, 28 de julho de 2012

O PORTO DE MAR E A BARRA DO SERGIPE


 O PORTO DE MAR E A BARRA DO SERGIPE
 Imaginou-se que a entrada em operação do sonhado porto de Sergipe  em Barra dos Coqueiros, faria com que fosse definitivamente esquecido o secular problema da barra do rio Sergipe. O novo porto offshore, entrando mar a  dentro, tornaria desnecessário o porto antigo e acanhado de Aracaju. Agora, se torna inadiável a ampliação do porto da Barra dos Coqueiros há quase vinte anos em operação. O porto permite apenas a atracagem de dois navios de até trinta mil toneladas. Precisa haver uma dragagem para  permitir a   entrada de navios maiores, e o píer deverá ser ampliado para receber até seis navios.
No porto de Aracaju operam ainda uns poucos  e pequenos barcos que fazem o  apoio logístico às plataformas da Petrobras e outras empresas.   Vencem com dificuldade a complicada barra agora muito assoreada. Há trechos que não chegam a dois metros de profundidade.   As embarcações de apoio necessitam de um porto  em aguas protegidas, como é o  caso do rio Sergipe . As operações serão intensificadas, e cada vez chegarão mais barcos  necessitando de um bom porto. Além do atracadouro, é necessário também enfrentar o antigo problema da dragagem da barra, até porque, se continuar o entupimento do canal, brevemente, os estaleiros da Barra dos Coqueiros terão de ser transferidos para outro local.   O Secretário do Desenvolvimento  Saumíneo  Nascimento , afirma que o governo está trabalhando com a dupla visão de ampliar o porto offshore e dar plena navegabilidade ao estuário do Sergipe, o que implica na realização de obras de dragagem. A ultima draga que por aqui esteve,  foi durante o  curto governo de João Andrade Garcêz  em 1970. A primeira, a Antuérpia,  recebida com o espocar de foguetes e garrafas  de champagne, chegou a Aracaju em 1957, trazida pelo governador Leandro   Maciel. O canal aprofundado logo voltou a ficar raso. A Antuérpia, draga holandesa, passou seis meses em Aracaju.  Três a quatro meses depois que o navio e sua tripulação de homens loiros foram embora, começaram a nascer em Aracaju, de belas morenas,   surpreendentes galeguinhos.

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