O PORTO DE MAR E A BARRA DO SERGIPE
Imaginou-se que a entrada em operação do
sonhado porto de Sergipe em Barra dos
Coqueiros, faria com que fosse definitivamente esquecido o secular problema da
barra do rio Sergipe. O novo porto offshore, entrando mar a dentro, tornaria desnecessário o porto antigo
e acanhado de Aracaju. Agora, se torna inadiável a ampliação do porto da Barra
dos Coqueiros há quase vinte anos em operação. O porto permite apenas a
atracagem de dois navios de até trinta mil toneladas. Precisa haver uma
dragagem para permitir a entrada de navios maiores, e o píer deverá
ser ampliado para receber até seis navios.
No porto de Aracaju operam ainda
uns poucos e pequenos barcos que fazem o
apoio logístico às plataformas da
Petrobras e outras empresas. Vencem com
dificuldade a complicada barra agora muito assoreada. Há trechos que não chegam
a dois metros de profundidade. As
embarcações de apoio necessitam de um porto
em aguas protegidas, como é o
caso do rio Sergipe . As operações serão intensificadas, e cada vez
chegarão mais barcos necessitando de um
bom porto. Além do atracadouro, é necessário também enfrentar o antigo problema
da dragagem da barra, até porque, se continuar o entupimento do canal,
brevemente, os estaleiros da Barra dos Coqueiros terão de ser transferidos para
outro local. O Secretário do Desenvolvimento Saumíneo
Nascimento , afirma que o governo está trabalhando com a dupla visão de
ampliar o porto offshore e dar plena navegabilidade ao estuário do Sergipe, o
que implica na realização de obras de dragagem. A ultima draga que por aqui
esteve, foi durante o curto governo de João Andrade Garcêz em 1970. A primeira, a Antuérpia, recebida com o espocar de foguetes e garrafas de champagne, chegou a Aracaju em 1957,
trazida pelo governador Leandro Maciel.
O canal aprofundado logo voltou a ficar raso. A Antuérpia, draga holandesa,
passou seis meses em Aracaju. Três a
quatro meses depois que o navio e sua tripulação de homens loiros foram embora,
começaram a nascer em Aracaju, de belas morenas, surpreendentes galeguinhos.
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