Quando Fidel Castro preso na fortaleza de Moncada pela ditadura do sargento Batista, fez, diante dos seus algozes, a defesa que ficou mundialmente conhecida com o título de A História Me Absolverá, ele flutuou num sonho de liberdade, de independência para o seu país, de dignidade para o seu povo, humilhado pela arrogância Yankee, subjugado por uma reles ditadura de gatunos. No poder, Fidel e seus heroicos barbudos trataram de realizar o sonho. Conseguiram declarar Cuba território livre do analfabetismo, território livre das Américas, num desafio ao vizinho poderoso e arrogante; conseguiram levar a esperança humanizadora de uma revolução igualitária, espalhando-se de Ushuaia, extremo sul da América, à margem direita do Rio Grande, limite norte com os Estados Unidos. Nas escarpas geladas dos Andes bolivianos, em 1967, a esperança começou a morrer quando um revolucionário puro, Ernesto Guevara, foi ao sacrifício da vida, talvez, para no poder em Havana, não assistir ao sacrifício dos seus ideais.
O poder envelheceu o sonho. Não pode ser resultado dele uma absurda proibição para que uma dissidente, a blogueira cubana Yoany Sanchez visitasse o Brasil. Reprimir o direito elementar de ir e vir é atitude mesquinha, admissível apenas numa ditadura repugnantemente arcaica e amoral como foi aquela do sargento Fulgêncio Baptista, que Fidel e seus bravos companheiros puseram abaixo , dia primeiro de janeiro de 59, fortalecidos por um sonho de liberdade.
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