segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

COM O RABO ENTRE AS PERNAS


Como um cachorro acuado e fugitivo, é assim que o império norte-americano tem saído de todas as guerras, desde a retomada da ofensiva após o revés e quase derrota em dezembro de 1944, naquela que seria a ultima carga contra os fustigados e exaustos exércitos alemães. Depois, em agosto de 45, veio a vitória sobre o Japão, apressada com a covardia genocida das duas bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasáki.  A partir daí é só corrida com o rabo entre as pernas e o disfarce enganador de missão cumprida. Foi assim na Coreia, no Vietnam, na Somália, agora no Iraque, em seguida será a vez do Afeganistão.
Depois de matarem entre 300 a 500 mil civis iraquianos, terem 5 mil mortos, mais de 30 mil feridos, sem contar os mercenários, torrarem dois trilhões de dólares, os americanos enrolam a bandeira e vão embora. Deixam para trás um país arrasado e milhares de combatentes prontos a se transformar em homens bomba.
Vejamos o que escreveu em 2003, no livro Sonhando a Guerra, sobre a invasão do Iraque, Gore Vidal, o grande escritor, cronista mordaz e cáustico das antecâmaras do império: O fato de que quase todo o mundo se opõe à nossa guerra parece apenas fazer corar rapidamente as bochechas de Bush Pai, do Grupo Carlyle, Bush Filho da Harken, Dick Cheney da Halliburton, Condolezza Rice da Chevron- Texaco, Rumsfeld da Occidental, Gale Norton da BP Amoco. Se algum dia houve um governo que deveria se retirar das questões relativas à energia, é o atual. Mas eles não são nada iguais aos demais governos da nossa história. Seus corações estão despojadamente noutro lugar, ganhando dinheiro, longe dos nossos templos romanos de imitação, onde, enfim, ficamos somente com suas cabeças, sonhando com a guerra, preferivelmente contra estados periféricos mais fracos. 

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