segunda-feira, 5 de setembro de 2011

UM DILETO FILHO DESVIADO


João Fontes, o ex-deputado, era uma das mais promissoras apostas de militância  católica em Sergipe. Tão piedosamente  se incorporava à legião dos seguidores da Igreja de Pedro que,  em busca do ideal de santificação, ainda no envoltório da carne, viveu por algum tempo na Itália, aprimorando-se em experiências místicas, seguindo os passos historicamente deixados por grandes Santos, como o mais exemplar deles, em humildade e amor, São Francisco de Assis. Voltou,  ao que se dizia, esbraseado de fé, e mereceu todo o imprescindível apoio do aparato eclesiástico sergipano para tornar-se deputado federal. Semana passada, quem parecia ser como focolari convicto, um moderno cruzado a serviço da Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana,  apareceu numa emissora  aracajuana numa comentadíssima entrevista, e bombardeou com sua costumeira virulência verbal, nada mais nada menos do que a sua  Santa Madre.  Evidente,  João Fontes abordava  um tema que a  própria evolução social manda que seja tratado como parte normal da sexualidade, que nunca deveria ter sido vista como pecaminosa: a homossexualidade. A Igreja  recusa-se, por convicções morais e fundamentos teológicos, a aceitar o que enxerga como desvio e pecado. Mas então,  o focolari  João Fontes,  disparou pesado em direção aos temas que têm conturbado o Vaticano, tais como a pedofilia,  a opção sexual dos padres,  e usou termos que horrorizaram,  desde o Arcebispo, ao mais modesto dos párocos interioranos. Agora, para ele,  a desviada ovelha, restará despir-se das armaduras de  Templário, Cavaleiro da Fé, e descer do cavalo , pelos descaminhos cometidos na  busca do Santo Graal.  Jerusalem   ficará como objetivo inalcançável. O cruzado desistiu da empreitada.

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