Um grupo de jornalistas aracajuanos, criativos e dominados pela inquietante ânsia da notícia, consolidaram uma prática que se revela fértil, extraindo informações dos políticos, principalmente, reunindo-se com eles num espaço a que deram o sugestivo nome de Cabaré. Assim, os mais importantes políticos sergipanos, os mais destacados empresários já foram ao Cabaré. O grupo de jornalistas está dando tratos à bola para descobrir a melhor forma de convidar o Arcebispo de Aracaju, superando o constrangimento que seria, para ele, a reunião em local com nome, no caso, tão inadequado, embora no ambiente possam circular com absoluta tranqüilidade as mais cândidas das freirinhas, se o nome não as afugentasse, todas fazendo o sinal da cruz.
Mas, como revela o pesquisador primoroso e escritor prolífico Murilo Mellins o hábito de freqüentar cabarés verdadeiros e ainda transformar em destacada noticia a ida às casas de tolerância, era comum entre os jornalistas aracajuanos lá pelos anos quarenta, cinqüenta e sessenta.
Destacamos trecho de uma matéria publicada até com cerimonioso texto, no jornal Correio de Aracaju de 1949, a propósito de um “coquetel oferecido à imprensa” pelo famoso empresário de bordeis Nelson Bitencourt, mais conhecido como Nelson de Rubina. A noticia da recepção aos jornalistas no cabaré de Nelson fará parte do novo livro que Mellins está concluindo sobre fatos pitorescos da vida aracajuana.
Eu ainda alcancei os vários cabarés de Aracaju pelos anos 60 e q perdurou o seu auge até os anos 80, começando a fracassar nos anos 90 principalmente na sua segunda metade. Era vários 'streap-tease' q assistir acompanhado com goles de cerveja e fui um verdadeiro notívago. Não tinha o fantasma do assaltante p,ra atrapalhar. Eram, algumas das vezes, mulheres modelo. Talvez o autor do livro Murilo Mellins do livro "aracaju como vi e vivi" teve nessa aí.
ResponderExcluir