sábado, 25 de abril de 2015

DE JAMES BOND A PAULO ROBERTO COSTA



DE JAMES BOND A PAULO ROBERTO COSTA
007, o agente secreto   James Bond,  recebeu da Coroa Inglesa autorização para matar. Ele  sai  pelo mundo matando a torto e a direito todos os  solertes inimigos: aqueles que representam perigo para a estabilidade e a abençoada paz do mundo ocidental, onde estão as virtudes que devem ser preservadas contra as ameaças externas. Tudo não passa,  porém,    da ficção poderosamente imaginativa  do escritor Ian Fleming.
 A arte imita a vida.   Bond  e a sua mínima  pistola Walther 7.65 que ele usa para matar inimigos com plena autorização da Coroa,  resultam,  apenas,  da criatividade de um bem sucedido novelista. Mas a vida também imita a arte.  A história registra que  reis e rainhas britânicos autorizaram a expedição de ¨Cartas de Corso ¨ para que flibusteiros saíssem pelos mares  apressando navios, pilhando  cargas,   aprisionando e matando  as suas tripulações, desde, porém,  que as embarcações  não estivessem sob  bandeira inglesa. A autorização real era para matar e roubar amplamente, desde que não se  afetassem vidas e propriedades  inglesas.
Paulo Roberto Costa, o diretor da PETROBRAS, parece  ser o grande flibusteiro da República, portador de uma  autorização ampla, geral e irrestrita, para o assalto aos cofres nacionais.
   Sem essa ¨Carta de  Corso¨ para atuar na complacente PETROBRAS,     que lhe foi concedida por preeminentes figuras,  seria inimaginável que o flibusteiro  ¨ republicano ¨ tivesse a capacidade para roubar tanto,  e  redistribuir a pilhagem, e que a PETROBRAS seja uma empresa tão deploravelmente administrada sem condições para detectar, pelo menos, indícios das irregularidades, apesar da desavergonhada ostentação de riqueza que faziam Paulo Roberto e os seus sequazes.

COMO ATRAIR INVESTIMENTOS SEM CONCEDER INCENTIVOS FISCAIS (2)



 COMO ATRAIR INVESTIMENTOS
SEM CONCEDER INCENTIVOS FISCAIS (2)
 Caso fosse feito o que sugere o sindicato dos auditores  na campanha que promove condenando os incentivos fiscais,   perderíamos, a médio prazo,  algo em torno de 50 mil empregos. A guerra fiscal, ( este sim um assunto  que merece ser  debatido) se trava não somente entre estados nordestinos, na verdade todos os entes da federação dela participam, e de forma intensa. Na hora em que Sergipe suspendesse os incentivos, outros estados, principalmente aqui, os nossos vizinhos, Bahia e Alagoas,  ofereceriam tudo, e até mais, do que os empresários deixariam de ter em Sergipe.  Começaria uma migração de empresas aqui instaladas. Uma  Call – Center ¨, como a Alma Viva, por exemplo,  que ocupou instalações de uma fábrica falida,  e ali rapidamente pôs a funcionar o seu sistema que atende a bancos, a cartões de crédito, a  variadas empresas, gerando a curto prazo mais de 4 mil empregos, aqui não estaria, se não houvesse incentivos. Recentemente, duas grandes empresas  há algum tempo instaladas em Sergipe, quase se transferem para outros estados, porque lá eles ofereciam maiores vantagens. Poderá esse sistema como hoje é praticado,não ser o  hoje o melhor modelo,  mas é ele que está em vigor, e fora dele não há como pensar em atrair novas empresas para Sergipe,  e aqui segurar as que já estão instaladas.
A JAC  Motors, uma chinesa fabricante de veículos, deverá instalar-se na Bahia.  Foi disputada por Pernambuco, Ceará, aqui no nordeste, e outros  do sul,  sudeste e centro- oeste.
Além de incentivos que incluem a montagem de parte da infra-estrutura pelo governo baiano, a JAC Motors, receberá, do fundo de desenvolvimento da Bahia, um financiamento com juros diminutos e amortização a perder de vista.   Serão mais de cem milhões de reais  . A JAC Motors vai ampliar o parque automotivo baiano, resultante de tantos e até bem generosos incentivos concedidos. Os efeitos multiplicadores gerados pelas fabricas de automóveis na Bahia, se irradiam para além do estado, e Sergipe já se beneficia com a instalação aqui da Yazaki,  multinacional japonesa, que produz em  Socorro peças,   na maior parte destinadas às fábricas da Bahia e Pernambuco.  Em Simão Dias instalou-se também uma indústria de peças. 
Sem conceder incentivos, Sergipe   teria o sucesso que vem registrando na atração de investimentos?  ( Continua)

DO LADRÃO FAMINTO A PAULO ROBERTO COSTA



 DO LADRÃO FAMINTO A
 PAULO ROBERTO  COSTA
    Descalço, sujo, roupa em frangalhos, o menino  confessou numa delegacia de Fortaleza: ¨Doutor, eu nuca roubei, hoje foi a primeira vez. Tava com fome, sai de casa sem tomar café e vi na minha frente o homem com  um cordão de ouro no pescoço. Nem reparei se tinha seguranças em volta dele. Puxei a corrente e sai correndo, Só queria vender a corrente e comprar comida Pra mim, os meus irmãos e a minha mãe  ¨.
O homem do cordão de ouro furtado fazia uma caminhada  pelo calçadão da Praia de Iracema.  Hospedado num hotel 5 estrelas da orla,  saíra, protegido por dois seguranças. Ele era, nada mais nada menos do que o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar  Mendes. Estava no Ceará convidado para fazer uma palestra numa Universidade.
O menino, que já chegara  aos 18 anos, ladrão iniciante e extremamente azarado, pagou pelo que fez. Passou mais de 6 meses numa das penitenciárias infectas, para aonde vão os desventurados miseráveis que roubam pouco.
 O colar do ministro deveria valer algo em torno de 2 mil reais.
Já o felicíssimo assaltante,  Paulo Roberto, agenciador confiável para altas figuras da República, roubou, só ele, bem mais de um bilhão. Admitamos que depois das   ¨partilhas ¨,  a Paulo Roberto  restassem 200 milhões de reais.   Se, ao infeliz menino, a pena aplicada por ter roubado um bem que valeria 2 mil reais, foi de 6 meses numa Penitenciária, a Paulo Roberto Costa, seguindo-se o mesmo critério, e imaginando-se que na República Federativa Brasileira todos são iguais perante a lei,  o mega-gatuno dirigente da PETROBRAS, deveria, teoricamente, ter contra ele aplicada uma pena de 50 mil  anos
 a ser cumprida, também,  numa dessas superlotadas penitenciárias brasileiras, onde circulam ratos, baratas, e se dorme no chão, numa fedentina de esgoto entupido.
Como se sabe, Paulo Roberto Costa, o autor principal de inaudita façanha, foi condenado  a uma pena de 7 anos, a ser cumprida em casa. Decorrido um ano,  em regime aberto.  Isso é castigo ou prêmio?
Por que isso acontece?
Porque temos uma democracia viciada, um Estado de Direito,  usado para garantir  impunidade para a elite;  uma República que  se transformou em covil , enquanto a cadeia, a cela infecta, está sempre pronta para receber ladrõezinhos de primeira viagem , ladrõezinhos com a barriga roncando de fome, como aquele menino de uma favela da capital cearense , que teve a pouca sorte de ver, brilhando no enfeitado pescoço de uma grande autoridade da República, um cordão de ouro.

JÁ ESTÁ PRONTO O PACOTE DE MUDANÇAS PARA A EDUCAÇÃO



    JÁ ESTÁ PRONTO O PACOTE DE
 MUDANÇAS PARA A EDUCAÇÃO
 Jackson  assina esta semana e envia para a Assembléia um ousado e transformador projeto , as indispensáveis mudanças no sistema público de educação. A essência dos três projetos de lei em que se divide o pacote, é o propósito de tornar mais eficaz o ensino publico sergipano, que recebeu,  do MEC, uma desenxabida classificação entre os piores. Essa situação que nos envergonha , espera-se que evolua para bem melhor até 2018. Haverá ênfase na avaliação do desempenho de cada escola,  prêmios para as melhores classificadas e atenção especial para as que ficarem nos níveis inferiores. Haverá  incentivos financeiros para os municípios que apresentarem  melhorias consistentes no ensino. O compartilhamento de responsabilidades com os pais e professores é uma das metas.
Os projetos resultam de estudos e avaliações que vêm sendo feitos pelo Secretario da Educação, professor Jorge Carvalho, e a equipe de especialistas que ele formou. Foram  incorporadas algumas experiências positivas detectadas em outros estados.  Jorge convidou os deputados para uma reunião na qual  expôs os objetivos do plano. Houve um incidente provocado pela deputada Ana Lúcia.  Ela reagiu, raivosa, dizendo que não votara em Jackson  para que o seu governo viesse a perseguir os professores. O que ela considera perseguição é a proposta de avaliação das escolas. A deputada levantou-se dizendo que ia sair para não ¨participar daquela palhaçada ¨. O deputado Zezinho Guimarães solicitou que ela reconsiderasse o gesto,  pois havia uma discussão democrática, e  a presença dela, até para contestar, se fazia importante, lembrando  que, alem de deputada, Ana Lúcia é professora, e controla o poderoso SINTESE. A deputada não atendeu ao pedido e saiu pisando forte. O gesto grosseiro não agradou aos colegas deputados,  que se sentiram ofendidos.   Só palhaços fazem palhaçadas.
  Jorge Carvalho irá ao Ministério Público fazer, para os Procuradores e Promotores, uma radiografia da educação sergipana.

ADALBERTO MOURA AOS 90



ADALBERTO  MOURA AOS 90
Homem discreto, simples, rigoroso na condução da própria vida, Adalberto Moura chega aos 90 anos cercado  da família e dos muitos amigos que sempre soube  fazer , dando especial valor à palavra amizade. Funcionário destacado do Banco do Brasil ele ocupou cargos de direção também no BANESE. Sem ser político, foi vice-governador de Sergipe. Aconteceu assim: Indicado o engenheiro Paulo Barreto, para suceder Lourival,  o general-presidente Médici rejeitou uma lista inicial.  Elaborada uma   outra  lista com dois  nomes de políticos,  Paulo Barreto sugeriu que o terceiro fosse Adalberto Moura.  Um amigo ao saber dos nomes da lista, encontrando-se com Adalberto, disse-lhe que ele seria o escolhido, e ele considerou  aquilo improvável ou impossível. Não deu outra, e o motivo era simples: O carrancudo Médici tinha ojeriza aos políticos, e Adalberto era técnico  , com um currículo que agradava aos militares.