sábado, 22 de agosto de 2015

ZE DIRCEU E CUNHA DIFERENTES E IGUAIS

ZE DIRCEU E CUNHA
DIFERENTES E IGUAIS
 Quando, na Assembléia Nacional Francesa cada grupo tomou uma posição no plenário, uns no centro, outros nos lados esquerdo e direito,  formou-se o leque ideológico que até hoje subsiste como fator de referencia das idéias e das práticas políticas.
Nesse leque, Zé Dirceu estaria à esquerda, e Eduardo Cunha à direita. O  leque foi espichado nas extremidades para que melhor se caracterizassem a esquerda e a direita extremadas. Nessa configuração, Zé Dirceu   esteve num extremo, mas retornou à posição inicial. Já Eduardo Cunha sempre correu entre a direita e a extrema  direitona , como diria o nosso jamais esquecido Rosalvo Bocão. Quando estudante, presidente da UNE, fundador do PT, e ao subir triunfalmente a rampa do Planalto acompanhando Lula, e logo  instalando-se como poderoso ministro, Zé Dirceu deveria ainda conservar algum resquício daquelas idéias generosas que deveriam ser a marca registrada da esquerda. Perdeu-as, quando entrou em contato direto com a engrenagem do poder, misturando-se com a contaminadora elite dos grandes negócios, e descobriu que  governo não governa se não coonestar,   por todos os meios,  parlamentares suficientes para ter uma folgada maioria. Ai então, desembestou- se, montou a mais sórdida máquina de corrupção de todos os tempos, e dela se locupletou. Sumia o revolucionário, surgia o hedonista.
Cunha, sempre foi o que é.  Entrou na política pela pior das portas, nela sobrevive, e cresce, alimentando-se no monturo da enorme lixeira  que se espalhou pelo Congresso, pelo Planalto, pelos Ministérios, pelas estatais.
 Enquanto Zé Dirceu desvirtuava o marxismo, que  fora sua bússola ideológica, Cunha agredia os   ensinamentos bíblicos,  transformando-os em roteiro para a irracionalidade, e o fanatismo que lhe rendiam votos.
Zé Dirceu fez uma meteórica ascensão  e queda, ou o caminho mais rápido entre o Palácio do Planalto e a Penitenciária da Papuda.

Cunha colocou a República aos seus pés, e não houve degraus do poder que ele não escalasse , e outros que não planejasse subir. Agora, começa a caminhada para baixo, pisando sobre as pegadas de Zé Dirceu.

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